Terroristas que invadiram a Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Terroristas que invadiram a Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro

O governo federal enviou à Controladoria-Geral da União (CGU) um pedido para punir servidores que participaram nos ataques aos Três Poderes em Brasília no último dia 8 de janeiro. A solicitação é assinada pela Advocacia-Geral da União (AGU) e pelo Ministério de Gestão e Serviços Públicos.

O documento aponta como ‘inadmissível’ a participação de funcionários públicos de atos golpistas. Eles ainda pedem uma investigação profunda para identificar todos os servidores que estiverem nas sedes do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).

"Inadmissível a participação de servidores públicos federais em atos de vandalismo e depredação de patrimônio público em manifestação violenta inconstitucional que prega a supressão do Estado democrático de direito", aponta o documento.

O governo pede para que a CGU estude a possibilidade do afastamento cautelar dos servidores durante o andamento das investigações. A controladoria deve responder ao pedido até o final desta semana.

Os servidores identificados na invasão aos prédios públicos podem suspensos ou até mesmo exonerados das funções. O Planalto também poderá pedir para que a Polícia Federal (PF) investigue e denuncie os envolvidos criminalmente.

Ataques em Brasília

Os prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos por bolsonaristas na tarde de 8 de janeiro. Eles protestaram contra a vitória de Lula e o uso das urnas eletrônicas.

No dia anterior, caravanas de bolsonaristas chegaram à Brasília para o ato. O ministro da Justiça, Flávio Dino, chegou a solicitar o uso da Força Nacional para manter a segurança da Praça dos Três Poderes.

No Congresso, os manifestantes vandalizaram o salão verde da Câmara dos Deputados e invadiram o plenário do Senado. Já no Planalto, os suspeitos quebraram portas e tentaram invadir o gabinete presidencial.

Na Suprema Corte, os manifestantes tentaram invadir os gabinetes dos ministros, quebraram as portas dos armários onde ficam as togas, além de quebrar vidraças e vandalizar a fachada do prédio.

Cerca de mil pessoas foram presas e levadas para a carceragem da Polícia Federal na capital. Algumas já foram liberadas por decisões do STF, enquanto outros ainda aguardam o pedido de habeas corpus.

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