Antônio Cláudio Alves Ferreira, suspeito de quebrar a relíquia de Dom João VI
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Antônio Cláudio Alves Ferreira, suspeito de quebrar a relíquia de Dom João VI

A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu na tarde desta segunda-feira (23) Antônio Cláudio Alves Ferreira, suspeito de participar de ataques aos Três Poderes no último dia 8 de janeiro. É ele que aparece em imagens de câmera de segurança quebrando um relógio raro entregue a Dom João VI.

Segundo os investidores, Ferreira foi preso em Uberlândia, no triângulo mineiro. A Polícia não informou ainda o local onde o suspeito foi encontrado.

A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu na tarde desta segunda-feira (23) Antônio Cláudio Alves Ferreira, suspeito de participar de ataques aos Três Poderes no último dia 8 de janeiro. É ele que aparece em imagens de câmera de segurança quebrando um relógio raro entregue a Dom João VI.

Segundo os investidores, Ferreira foi preso em Uberlândia, no triângulo mineiro. A Polícia não informou ainda o local onde o suspeito foi encontrado.

Antônio Ferreira estava foragido desde o dia dos ataques ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão dele foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, após a divulgação das imagens de câmera de segurança do Planalto.

Nelas, Ferreira joga o relógio de Balthazar Martinot no chão e quebra a peça de mesa entregue ao imperador Dom João VI. O suspeito ainda tenta quebrar a câmera de segurança quando percebe que é filmado.

O relógio era uma peça original do século XVII e feito pelo relojoeiro do monarca francês Luiz XIV. A peça era uma das únicas existentes no mundo. O outro relógio está exposto no Palácio de Versalhes.

O suspeito deve ser enviado a uma carceragem da Polícia Civil e transferido para Brasília ainda nesta semana. 

Prisões anteriores

Apoiador do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), Antônio Cláudio Alves Ferreira já tem passagens pela Justiça de Goiás, estado em que mora. Em 2014, o homem foi acusado duas vezes de ameaçar duas pessoas. Em um dos processos, a vítima optou por não levar o processo adiante após um acordo, enquanto no outro a acusadora não compareceu ao julgamento.

Já em 2017, Antônio foi preso em flagrante por tráfico de drogas. Ele chegou a ficar preso em um Centro de Detenção Provisória, mas a Justiça alterou a tipificação do crime para posse de drogas, o que fez ele cumprir uma pena alternativa. O processo foi arquivado no ano seguinte.

Ataques em Brasília

Antônio é suspeito de participar dos ataques antidemocráticos e terroristas em Brasília no último dia 8 de janeiro. Manifestantes invadiram e depredaram os prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF. Eles protestam contra a vitória de Lula e o uso das urnas eletrônicas.

No dia anterior, caravanas de bolsonaristas chegaram à Brasília para o ato. O ministro da Justiça, Flávio Dino, chegou a solicitar o uso da Força Nacional para manter a segurança da Praça dos Três Poderes.

No Congresso, os manifestantes vandalizaram o salão verde da Câmara dos Deputados e invadiram o plenário do Senado. Já no Planalto, os suspeitos quebraram portas e tentaram invadir o gabinete presidencial.

Na Suprema Corte, os manifestantes tentaram invadir os gabinetes dos ministros, quebraram as portas dos armários onde ficam as togas, além de quebrar vidraças e vandalizar a fachada do prédio.

Cerca de mil pessoas foram presas e levadas para a carceragem da Polícia Federal na capital. Algumas já foram liberadas por decisões do STF, enquanto outros ainda aguardam o pedido de habeas corpus.

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