O PDT (Partido Democrático Trabalhista) pediu ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta sexta-feira (13) que a minuta de um golpe encontrado na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, seja incluída numa ação que questiona a conduta do ex-presidente Jair Bolsonaro na reunião com embaixadores para questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas.
De acordo com o texto da ação movida, o partido busca “densificar os argumentos que evidenciam a ocorrência de abuso de poder político tendente promover descrédito a esta Justiça Eleitoral e ao processo eleitoral, com vistas a alterar o resultado do pleito”. O documento foi enviado ao corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves.
Em busca e apreensão na casa de Torres, a Polícia Federal encontrou a minuta de um projeto que visava intervir no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para mudar o resultado das eleições. O ex-ministro está preso por suposta conivência com a tentativa de golpe em Brasília, no último domingo (8).
Em 2022, o PDT acionou a Justiça Eleitoral para investigar a conduta da chapa de Bolsonaro, que tentava instigar desconfiança no processo eleitoral brasileiro. Segundo a ação, na ocasião, Bolsonaro teve "conduta vedada a agente público entrelaçada com abuso do poder político e uso indevido dos meios de comunicação social”.
Agora o partido deseja que a íntegra dos documentos encontrados na casa de Torres sejam encaminhados para o TSE para serem incluídos na investigação de práticas que violam a lei eleitoral brasileira.
O objetivo do documento seria mudar o resultado da eleição de 2022. O ex-presidente perdeu o pleito para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Após a notícia sair na imprensa, o ex-ministro Anderson Torres se defendeu nas redes sociais, dando a entender que ele apenas analisou o documento que pedia a interferência no TSE.
"No cargo de Ministro da Justiça, nos deparamos com audiências, sugestões e propostas dos mais diversos tipos. Cabe a quem ocupa tal posição, o discernimento de entender o que efetivamente contribui para o Brasil", disse o ex-secretário.
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