Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante café da manhã com jornalistas setoristas, no Palácio do Planalto
Marcelo Camargo/Agência Brasil - 12/01/2023
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante café da manhã com jornalistas setoristas, no Palácio do Planalto

presidente da República, Luiz Inácio  Lula  da Silva (PT), disse em coletiva com jornalistas setoristas no Palácio do Planalto, que as Forças Armadas devem trabalhar conforme especificado na  Constituição:  "[sendo a] defesa do povo brasileiro e da soberania contra possíveis inimigos externos". Está definido na Constituição e é isso que quero que façam bem feito”, completou o  presidente .

Lula disse aos jornalistas que chegou a relatar aos chefes das  Forças Armadas  os casos de familiares de militares presentes nas manifestações que pediam um golpe de Estado. Para o  petista, isso gerava um incômodo e acabaram ficando instalados nos acampamentos, segundo ele, por "muito tempo".


Para  Lula , é necessário que o Executivo tenha uma "relação civilizada" com os militares, sendo trabalhado isso nos dois primeiros mandatos dele. "Eu convivi por oito anos muito bem com as Forças Armadas [...],  não tenho má imagem [com eles]". O chefe do Executivo ainda utilizou o momento para alfinetar o ex- presidente Jair Bolsonaro (PL), ressaltando que o ex-capitão foi expulso do Exército por má conduta, mas ainda assim conseguiu apoio dos mesmos. "Bolsonaro mudou o comportamento de muita gente nesse país".

Na coletiva, Lula  exaltou a formação do ministério, além de dizer que agora vão "normalizar esse país, com cada um cumprindo a sua função". "É o Congresso votar sem precisar de orçamento secreto, é o presidente da República executar o Orçamento tal como foi aprovado, de acordo com orientações e cumprimento do TCU. E as Forças Armadas cumprirem seu papel. Sou contra a judicialização da política e politicagem do Judiciário. Se cada um voltar a cumprir suas funções, esse país volta a viver tranquilo", acrescentou.

Ao ser questionado sobre não decretar uma Garantia de Lei e da Ordem (GLO), como forma de contenção dos atos golpista vistos desde domingo (08) em Brasília,  Lula  disse que "aí sim, estaria acontecendo o golpe que as pessoas queria". 

"Se eu tivesse feito GLO, eu teria assumido a responsabilidade de abandonar a minha responsabilidade. O Lula deixa de ser governo para que algum general assuma o governo. Quem quiser assumir governo que dispute eleição e ganhe. Por isso eu não fiz GLO", declarou o petista.

Estavam presentes no encontro a primeira-dama Janja da Silva, o ministro da Secom, Paulo Pimenta, e o secretário de imprensa, José Chrispiniano.


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