O presidente Jair Bolsonaro decretou luto oficial de um dia nesta sexta-feira (15) pela morte de Dom Luiz de Orleans e Bragança, herdeiro da família imperial brasileira. Bolsonaro também lamentou a morte durante sua live semanal.
“Nossos sentimentos à família, que Deus o conforte em sua imensa bondade e conforte a família aqui na Terra.”
Dom Luiz era neto da princesa Isabel e estava internado em São Paulo desde o dia 10 de junho. Ele morreu nesta quinta-feira, aos 84 anos. A Casa Imperial informou que Dom Luiz teve poliomielite na infância e recentemente foi diagnosticado com Alzheimer, que juntos teriam provocado um quadro de fraqueza muscular.
Como o GLOBO mostrou, Bolsonaro tem resistência a decretar luto oficial. Os decretos de luto não seguem uma regra rígida. A tomada de decisão geralmente cabe aos assessores palacianos, ministros ou até terceiros, como amigos. Também não existe uma norma sobre personagens para as quais deve ser prestado o luto.
Ao longo do seu mandato, não faltaram oportunidades para Bolsonaro decretar o luto. Em 2019, ele foi questionado se anunciaria luto no país após a morte de João Gilberto, criador da Bossa Nova. Não o fez.
Também não houve decreto de luto na tragédia de Brumadinho, que matou mais de 300 pessoas; nem para a morte de mais de 600 mil vítimas fatais da Covid-19 entre 2020 e 2021.
Recentemente, no entanto, Bolsonaro editou outro decreto de luto neste mês. Desta vez, pela morte do assassinato do ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, que foi morto a tiros durante um comício. Bolsonaro classificou Abe como "líder brilhante", pediu que o atentado seja punido "com rigor" e decretou luto oficial de três dias no Brasil.
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