Bolsonaro disse querer eleições limpas no Brasil
Reprodução/TV Brasil
Bolsonaro disse querer eleições limpas no Brasil

No primeiro encontro bilateral entre os presidente brasileiro, Jair Bolsonaro , e o americano, Joe Biden, Bolsonaro afirmou que o país é maior em energia verde e que o mundo depende "em muito do Brasil" para sua sobrevivência.

O presidente, que dois dias antes da viagem a Los Angeles, voltou a afirmar em uma entrevista que ainda duvidava do resultado da eleição americana falou sobre as eleições brasileiras e disse querer "eleições limpas, confiáveis e auditáveis".

“Para que não sobre nenhuma dúvida após o pleito. Tenho certeza que ele será realizado nesse espírito democrático. Cheguei pela democracia e tenho certeza de que quando deixar o governo também será de forma democrática.”

Pouco antes do encontro, Bolsonaro esclareceu que só aceitou ir à reunião, que acontece às margens da Cúpula das Américas, porque os dois lados acertaram uma agenda, comparando o compromisso a um casamento.

“Não aconteceria. Eu não estava previsto para vir aqui. Ele mandou um enviado especial para lá [Brasil] e acertamos a agenda”, disse o presidente, que reclamara anteriormente que, em outubro do ano passado no encontro do G20, Biden "passou como se eu não existisse". 

“É igual a um casamento, você vai aceitar os meus defeitos, eu vou aceitar os seus e vamos ser felizes.”

Apenas na quarta-feira o governo brasileiro confirmou que o presidente estaria no evento, acompanhado do chanceler Carlos França, que não participou de um encontro de ministros convocado para definir os acordos que serão assinados pelos chefes de Estado.


Desde antes da posse do democrata, em janeiro de 2021, a relação entre os dois líderes é fria, devido a divergências políticas e à proximidade do mandatário brasileiro com o ex-presidente Donald Trump, a quem declarou apoio aberto na eleição americana de 2020. Nesta quinta, o presidente brasileiro falou sobre o tema.

“Em alguns momentos nos afastamos por questões ideológicas, mas tenho certeza que com nossa chegada ao governo nunca tivemos uma oportunidade tão grande pelas afinidades que nosso governo tem”, afirmou Bolsonaro.

O presidente brasileiro foi um dos últimos líderes mundiais a reconhecer a vitória de Biden sobre Trump, o que só fez 35 dias depois das eleições, em dezembro de 2020. Além disso, adotou o discurso do republicano de que pode ter havido "fraude" no pleito, apesar de não existir qualquer evidência pública que endosse a acusação.

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