O ex-presidente Lula durante entrevista a rádio em Minas Gerais
Reprodução/Youtube/Super Notícia - 24.03.2022
O ex-presidente Lula durante entrevista a rádio em Minas Gerais

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que "nunca aconteceu uma terceira via" na História do mundo. Ele disse acreditar que a disputa na eleição de outubro deve se dar entre ele e o presidente Jair Bolsonaro (PL), respectivamente primeiro e segundo colocados nas pesquisas eleitorais .

Em entrevista à rádio Jangadeiro Bandnews, de Fortaleza, Lula declarou que ouve falar sobre terceira via desde sempre, "quando o mundo ficou dividido entre socialistas e capitalistas, entre a social democracia e o comunismo". Segundo ele, o projeto de uma alternativa a duas forças polarizadas nunca se concretizou.

"Nunca aconteceu uma terceira via. A verdade é que o povo vai escolher entre os candidatos que têm possibilidade de ganhar as eleições. Candidato a gente não inventa, não se compra no mercado livre. Candidato é uma pessoa que tem estrutura partidária, estrutura econômica" afirmou.

Para Lula, a disputa vai se dar entre "a democracia e o autoritarismo". A cerca de seis meses para o primeiro turno das eleições, Lula segue liderando a disputa pela Presidência com 43% das intenções de voto, segundo a última pesquisa Datafolha. Bolsonaro aparece em segundo lugar com 26%, desempenho superior ao que vinha registrando em rodadas anteriores de pesquisas do instituto.

Questionado sobre as recentes declarações que se tornaram alvo de opositores, como a que disse defender que "toda mulher deveria ter direito ao aborto" e a que estimulou brasileiros a pressionar parlamentares em suas residências, Lula reafirmou o que disse, mas de forma mais suavizada. Sobre a descriminalização do aborto no Brasil, o petista disse ser pessoalmente contra o ato, mas defende que seja tratado como questão de saúde pública.

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Na segunda-feira, em encontro na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Lula declarou que os trabalhadores e movimentos sindicais deveriam "mapear" o endereço de cada deputado e comparecer em sua porta, com um grupo de 50 pessoas, para "incomodar" a sua "tranquilidade". A fala foi criticada por parlamentares, em especial bolsonaristas, que falaram em se armar caso militantes apareçam em suas casas. Nesta quinta, ele disse que as pessoas deveriam agir "de forma civilizada":

"Ao invés de gastar uma fortuna indo para Brasília fazer protesto, todo deputado mora numa cidade. Então não custa nada o povo que está reivindicando, ir na porta da casa deles conversar de forma civilizada. Esse deputado que, durante as eleições, fala que adora o povo, anda de carro aberto. Ora, por que depois de eleito, o povo passa a ser estorvo?"

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