O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta terça-feira que toda mulher deveria ter direito ao aborto no Brasil, por ser "uma questão de saúde pública". A afirmação, dada durante um debate realizado em São Paulo, gerou reação de evangélicos e bolsonaristas.
Para o pré-candidato à Presidência, quem mais sofre com a proibição do aborto no país são as mulheres pobres, sem acesso a métodos seguros. "Aqui no Brasil, as mulheres pobres morrem tentando fazer aborto, porque é proibido", disse Lula, afirmando que a mulher com dinheiro pode fazer o procedimento no exterior.
O deputado federal Marco Feliciano reagiu a fala do petista com críticas. "Acredito que pela primeira vez vi o Lula de quem sempre falei! Lula para maiores", disse o parlamentar.
A ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves (Republicanos), afirmou em postagem no Instagram que "a pauta do ex-presidente sempre foi a cultura da morte". Damares aproveitou para contrapor a fala de Lula a Jair Bolsonaro (PL), adversário do petista na campanha ao Planalto. "Nas próximas eleições nossas escolhas serão: vida protegida desde a concepção x morte de crianças inocentes".
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