Deslizamento de terra na Rio-Santos: chuvas já deixaram 16 mortos no estado do Rio
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Deslizamento de terra na Rio-Santos: chuvas já deixaram 16 mortos no estado do Rio

Quase uma semana após as tempestades que atingiram as cidades da Costa do Rio deixando ao menos 16 mortos, Angra dos Reis, que segue em estado de emergência decretado pelo governo federal, e Paraty continuam lutando em meio ao caos provocado pelas chuvas. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), apenas na principal via de acesso aos municípios, a Rodovia Rio-Santos (BR-101), 12 pontos de interdição total ou parcial permanecem, o que dificulta drasticamente o acesso rodoviário das cidades afetadas a outros municípios.

A prefeitura de Angra chegou a pedir ao governo federal a interrupção do funcionamento das usinas nucleares da cidade, temendo que as rotas de fuga em caso de necessidade de evacuação estejam comprometidas. Em uma videochamada com o prefeito de Angra e com o governador do Rio, Cláudio Castro, o presidente Jair Bolsonaro disse que a ideia era liberar os bloqueios nas estradas ainda na terça-feira, o que não ocorreu. Segundo Bolsonaro, “as pistas têm que estar desobstruídas para possível evacuação” das usinas.

Ainda em Angra, diversos locais no continente permanecem com instabilidade na rede elétrica. Na Ilha Grande, áreas estão sem luz desde quinta-feira passada e ainda não há previsão de restabelecimento da rede elétrica. Em Paraty a crise de energia também afeta moradores em ao menos cinco bairros. Ainda assim, as buscas pelo corpo da jovem Yasmim continuam. Ela seria a sétima vítima das tempestades na região.

Ações sem detalhes

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Após a cobrança de uma ação mais contundente, a CCR afirmou, em nota, que atua na região desde a madrugada do dia 1º de abril. A concessionária ainda diz ter mobilizado máquinas e “mais de dez equipes, que atuam simultaneamente em vários pontos dos 270 quilômetros sob administração da empresa”. Sem detalhar ações e trechos em que atua, o governo federal também se pronunciou, afirmando que trabalha para garantir a “trafegabilidade na rodovia”.

Privatizada recentemente, a estrada colecionava riscos antes mesmo do atual colapso. O trecho da estrada em piores condições fica entre Itacuruçá, em Mangaratiba, e Angra dos Reis. São pistas de mão dupla sinuosas, onde asfalto irregular, marcas de antigas quedas de barreira, falta de acostamento e radares mal sinalizados podem aparecer a cada curva. Com a concessão da via, são prometidas obras como a duplicação das pistas e melhorias na segurança do tráfego.

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