Profissionais do Instituto Médico-Legal (IML) localizaram o fragmento de um projétil de fuzil em uma costela do estudante Cauã da Silva dos Santos, de 17 anos, morto na noite desta segunda-feira, em Cordovil, na Zona Norte do Rio. Ele teria sido atingido por um tiro que ricocheteou. Dois policiais militares do 16º BPM (Olaria) que teriam participado de um confronto no local na ocasião já foram ouvidos e entregaram dois fuzis calibre 7.62 que utilizaram. Nos próximos dias, peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) vão analisar a possibilidade da realização de um confronto balístico para checar se o disparo que matou o jovem partiu dos militares.
A família do adolescente contou que, no momento em que ele foi alvejado, não havia operação nem troca de tiros . Segundo parentes, Cauã também trabalhava em um ferro-velho e tinha o sonho de se alistar nas Forças Armadas.
Parentes dizem ainda que, depois de ser baleado, o corpo do jovem foi jogado em um canal que corta a comunidade. Eles também contaram que resgataram o jovem e o levaram para o Hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha. Entretanto, ele já chegou morto à unidade de saúde.
A família de Cauã diz que o jovem era lutador de jiu-jítsu e luta livre há três anos, integrava um projeto social na região e não tinha envolvimento com o tráfico de drogas. Pela manhã, parentes e amigos fizeram um protesto pelas ruas de Brás de Pina e Vila da Penha. Antes da manifestação, três ônibus foram incendiados na Estrada do Quitungo.
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