O vendedor de vassouras Diego William da Silva Dias Lima morreu baleado em Queimados
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O vendedor de vassouras Diego William da Silva Dias Lima morreu baleado em Queimados

O vendedor de vassouras Diego William da Silva Dias Lima, de 31 anos, foi morto durante uma ação policial em Queimados, na Baixada Fluminense, na manhã desta terça-feira (5). Ele estava indo trabalhar, por volta das 5h, quando foi atingido pelas costas, disse a família à TV Globo. No mesmo dia, moradores realizaram um protesto e filmaram a confusão durante o ato, que resultou na agressão de PMs a alguns manifestantes.

Os vídeos, que foram parar nas redes sociais, mostram um dos policiais dando um tapa no rosto de uma mulher, que cai sentada na rua. Em outra gravação, agentes aparecem empurrando um homem e um deles dá um golpe (banda), batendo na perna para derrubá-lo. Os PMs discutem e vão em direção aos manifestantes em diferentes momentos.

Em nota, a PM afirma que "de acordo com policiais do 24ºBPM (Queimados), criminosos armados atacaram as equipes na comunidade do São Simão, em Queimados, na terça (05/04). Um homem foi ferido e socorrido à UPA da região". E que a "Corregedoria da Corporação acompanha o caso".

Pela manhã, em entrevista ao "Bom Dia Rio", da TV Globo, o porta-voz da PM, tenente-coronel Ivan Blaz, disse que o comportamento dos agentes durante a manifestação será apurado. Segundo o militar, a mulher empurrada tenta interceder no momento da prisão de um homem.

— Os policiais estão ali efetuando uma prisão naquele momento do vídeo, e a mulher vem interceder pelo preso. Você tem ali que adotar algumas medidas. Logicamente, a gente vai ver na Corregedoria se essa medida adotada pelo policial foi algo proporcional. Sem dúvida nenhuma, já tem uma grande confusão quando se tem a interrupção, a tentativa de interromper, de dissuadir essa manifestação — disse Blaz.

A morte de Diego aconteceu no dia seguinte à do estudante Cauã da Silva dos Santos, de 17 anos, também morto com um tiro. O jovem foi ferido na comunidade do Dourado, em Cordovil, na Zona Norte do Rio, na noite de segunda-feira (4). A família do rapaz acusou policiais militares pelo disparo e em ter jogado o corpo num valão. Ao "Bom Dia Rio", Blaz falou dos dois casos recentes e, sobre o vendedor, ele afirmou que havia envolvimento na ação policial.

— Enquanto na situação de Cauã a gente tem ali um dado dos policiais afirmando que depois tomaram ciência de que tinha uma vítima no córrego, nesse caso, os policiais do 24º Batalhão de Queimados, eles são categóricos em afirmar a participação de Diego. Tanto que a ocorrência foi feita ali no ato. Vale lembrar ainda um detalhe, que tanto nos dois casos a gente tem aí o relato dos policiais dando conta de ataques às guarnições — disse o porta-voz.

Segundo a PM, em nota, durante a ação em Queimados foram apreendidos um revólver, duas granadas, três rádios e drogas. Ocorrência apresentada na 55ª DP.

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