A Comissão de Educação no Senado ouve nesta terça-feira cinco prefeitos que relataram à imprensa pedidos de propina por pastores para facilitar o acesso a recursos do Ministério da Educação (MEC). Os prefeitos foram convidados para participar da sessão uma vez que os senadores não têm o poder de convocar os chefes do Executivo municipal a menos que haja uma CPI. A sessão está prevista para as 9h.
Na semana passada, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, foi exonerado do cargo após denúncias a respeito da atuação de pastores como lobistas no MEC. De acordo com as acusações, Gilmar Santos e Arilton Moura atuavam para facilitar o acesso de prefeitos a recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) mediante pagamento de propina.
Inicialmente, nove prefeitos foram convidados para detalhar as denúncias aos senadores, mas apenas cinco confirmaram presença: Kelton Pinheiro, prefeito de Bonfinópolis (GO); José Manoel de Souza, prefeito de Boa Esperança do Sul (SP); Gilberto Braga, prefeito de Luís Domingues (MA); José Manoel de Souza, prefeito de Boa Esperança Do Sul (SP); e Helder Aragão, prefeito de Anajatuba (MA).
Os prefeitos Júnior Garimpeiro, de Centro Novo (MA); Marlene Miranda, Bom Lugar (MA); Nilson Caffer, Guarani D'oeste (SP); e Reinaldo Vilela Paranaíba Filho, de Três Corações (MG).
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Ao GLOBO, o prefeito Kelton Pinheiro relatou pedido de propina entre R$15 mil e R$40 mil e até mesmo solicitação para compra de bíblias feita pelo pastor Arilton Moura.
"(Pediu) Que eu desse uma oferta para a Igreja, comprasse as bíblias para ajudar na construção da Igreja. (...) Seria uma venda casada. Eu teria que comprar essas bíblias, porque ele estava em campanha para arrecadar dinheiro para a construção da igreja", relatou o prefeito de Bonfinópolis (GO) à reportagem.
Além dos prefeitos, os senadores convidaram os pastores para prestar esclarecimentos à comissão, mas ainda não obtiveram resposta. Já o ministro interino do MEC, Victor Godoy, foi convocado para falar ao grupo, mas a data ainda não foi marcada. Godoy atuava como secretário executivo da pasta quando o escândalo foi revelado pelo jornal "O Estado de S. Paulo".
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