Carta do ex-ministro Milton Ribeiro é
Valter Campanato/ Agência Brasil
Carta do ex-ministro Milton Ribeiro é "sem efeito"

O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro decidiu recusar o convite de senadores para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de que pastores evangélicos cobravam propina de perfeitos para destravar recursos públicos. Mesmo após deixar a pasta, a comunicação ao colegiado foi feita através de um ofício enviado pelo Ministério da Educação.

"Em atenção ao Ofício nº 12/2022/CE em que Vossa Excelência convida o Ministro Milton Ribeiro a comparecer à Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, para participar da Audiência Pública destinada a prestar informações sobre o aparente beneficiamento indevido na destinação de verbas públicas afetas ao Ministério da Educação, a realizar-se em 31 de março, às 9h, informo a impossibilidade de seu comparecimento", diz o documento.

A justificativa para o não comparecimento é justamente a exoneração de Ribeiro, formalizada na última segunda-feira. Por se tratar de um convite, o ex-ministro não era obrigado a participar da audiência.

O texto é assinado pelo chefe da Assessoria para Assuntos Parlamentares do gabinete do ministro da Educação, Marcelo Mendonça.

Em resposta, o presidente da Comissão de Educação, afirmou considerar o ofício "sem efeito". "O convite foi para o ex-ministro, que não possui mais vínculo com a pasta, portanto, a comunicação deveria ser feita por Milton Ribeiro", alegou Castro.

Mais cedo, o senador emedebista contou que o ministro interino da Educação, Victor Godoy, o procurou para se colocar à disposição dos senadores para prestar esclarecimentos sobre as denúncias. Ainda assim, Castro deixou claro que considerava necessário ouvir Ribeiro.

— Se qualquer um dos convidados a prestar esclarecimentos sobre esses fatos gravíssimos envolvendo recursos do ministério da Educação não comparecer ao Senado, será interpretado como uma confissão de culpa. Seria, no mínimo uma descortesia do ex-ministro não comparecer à audiência desta quinta. Mas, caso isso aconteça, não vamos ficar de braços cruzados. A ausência será a provocação da abertura da CPI do MEC — pontuou o parlamentar.

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