O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou na última terça-feira (8), a extradição do italiano Rocco Morabito, um dos traficantes mais procurados na Europa e acusado de integrar uma das maiores organizações criminosas da Itália.
Segundo o governo italiano, Morabito deve cumprir quatro condenações criminais por tráfico internacional de drogas e envolvimento com organização criminosa. Ele seria um dos líderes da da Ndrangheta, organização de tipo mafiosa.
O criminoso estava foragido desde 2019, após fugir de presídio no Uruguai. Ele foi preso no dia 24 de maio de 2021 em um hotel de João Pessoa, na Paraíba.
Em outubro do ano passado a ministra Carmen Lúcia decretou sua prisão preventiva para fins de extradição, por solicitação do Escritório Central Nacional da Interpol no Brasil.
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No julgamento da extradição, o colegiado seguiu o voto da relatora pelo deferimento do pedido. Para a Primeira Turma, estão presentes os requisitos que autorizam a solicitação: instrução do pedido e a dupla tipicidade dos crimes, que também são considerados crimes no Brasil.
Segundo a ministra, não há motivos para que o STF não autorize a extradição, mas a decisão final depende do presidente da República. Para que Morabito seja entregue, a Itália deverá assumir o compromisso de considerar o tempo de prisão no Brasil e observar o prazo máximo de 30 anos para a pena privativa de liberdade.
De acordo com processos no STF, o criminoso tem quatro condenações criminais, todas relacionadas a tráfico internacional de substância entorpecentes e envolvimento com organização criminosa. Ao total, sua sentença resulta em 103 anos de prisão.
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