Em meio às discussões para o restabelecimento pleno do acordo nuclear firmado em 2015, o Irã apresentou, nesta quarta-feira (9), um míssil com capacidade de atingir alvos a até 1.450 km de distância. A divulgação foi feita em Viena, com diplomatas de vários países, na oitava rodada de negociações.
A arma foi batizada de "Demolidor de Kheibar". Esse nome faz referência à batalha do século VII, quando o profeta Maomé conquistou o oásis de Kheibar, hoje conhecido como Arábia Saudita e, na época, ocupado por judeus.
Segundo o jornal O Globo, a agência estatal Irib informou que o demolidor possui velocidade de resposta maior do que modelos similares, capacidade de realizar manobras nos estágios finais do voo e também de penetrar sistemas de defesa aérea.
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A publicação brasileira explica ainda que o programa de mísseis balísticos iraniano é alvo de sanções internacionais e críticas por parte de países como Israel e Estados Unidos. Ainda assim, o país enfrentou o bloqueio de transferências de tecnologia de outras nações e conseguiu se desenvolver.
Ao apresentar o míssil, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, Mohammad Hossein Bagheri, disse que o país utiliza o programa para se defender contra "agressores, opressores, a arrogância global e sionistas assassinos", como se referem a adversários israelitas e estadunidenses.
Para o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, Teerã conta com o "maior e mais diverso arsenal de mísseis do Oriente Médio", que podem colocar cidades no Leste Europeu, no Norte da África e no Subcontinente Indiano em risco.