Nesta terça-feira (1), o presidente Jair Bolsonaro sobrevoou as áreas atingidas pelas fortes chuvas em São Paulo . Ao lado de ministros, o presidente afirmou que o governo irá colaborar com a situação que deixou mais de 20 vítimas e diversos desabrigados.
Após se reunir com prefeitos para discutir a situação, Bolsonaro participou de coletiva e afirmou que o problema não é de hoje, e que faltou "visão de futuro" durante construção.
"Desde que tomamos conhecimento, nossos ministros entraram em contato com prefeitos. Lamentamos as mortes, sabemos que às vezes as pessoas constroem sua residência por necessidade em local que 10, 20, 30 anos depois o tempo leva a desastre. Nós podemos colaborar com todos aqui [...] A visão é algo que nos marca, em muitas áreas faltou visão de quem construiu sobre futuro. Os prefeitos apresentam suas necessidades e faremos todo o possível para atendê-los", disse.
O ministro Rogério Marinho, que acompanhava o presidente, afirmou que não irá atender o ofício enviado pelo governador João Doria solicitando R$ 470 milhões para obras antienchente e serviços emergenciais.
"O ofício trata de obras que dizem respeito à previsão orçamentária, com obras de contenção e não dizem respeito ao momento que estamos vivendo. A necessidade agora é tratar das pessoas e isso são ações emergenciais. O governador nos pede 50 milhões para ações emergenciais, mas os prefeitos vão dizer qual é a necessidade de cada prefeitura", disse.
Segundo ele, o país conta com cerca de 26 milhões de habitações irregulares e que esse problema "é fruto de mais de 100 anos de ocupação".