Em 2021, São Paulo (SP) viu pela primeira vez um prefeito da cidade morrer durante o mandato. Bruno Covas (PSDB), 41, faleceu no dia 16 de maio, após travar batalha de dois anos contra o câncer .
O político, que já lutava contra a doença havia dois anos, teve piora em seu quadro clínico no dia 3 de maio. Ele precisou ser internado em unidade de terapia intensiva (UTI) e intubado, após apresentar sangramento no estômago, detectado em um exame de endoscopia.
Após 13 dias internados no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, Covas morreu, aos 41 anos de idade.
Cronologia do quadro de Covas
Os primeiros tumores foram identificados por Covas em 2019, na região da cárdia, localizada entre o estômago e o esôfago , já em fase metastática — quando o câncer se espalha por outros órgãos (no caso de Covas, o pâncreas e o fígado).
Ainda naquele ano, Covas passou por imunoterapia enquanto continuou exercendo o cargo de prefeito. Os tumores regrediram.
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Após ser eleito prefeito de São Paulo em 2020, Covas anunciou nota etapa de tratamento. Ele tirou uma licença médica de 10 dias e foi submetido a sessões de radioterapia. No mês seguinte, exames mostraram que a doença havia progredido para o fígado. Em abril, tumores foram identificados também nos ossos da coluna e na bacia, o que levou o político a passar por novas sessões de quimioterapia e imunoterapia.
Após sentir dores e mal-estar no dia 2 de maio, voltou ao hospital.
O prefeito foi diagnosticado com anemia e um sangramento na cárdia (região inicial do câncer). Dias depois, novas sessões de radioterapia.
No dia seguinte, foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e foi intubado após a descoberta do novo sangramento no sistema digestivo. Na sexta-feira (14), houve piora no quadro de saúde e a equipe médica informou que seu quadro havia se tornado irreversível, tendo falecido dois dias depois, aos 41 anos de idade. O prefeito deixou um filho, Tomás, de 15 anos.
O tucano recebeu homenagens da população e de políticos de diferentes partidos, como João Doria (PSDB), Lula e Dilma (PT), Guilherme Boulos (PSOL), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o presidente do STF, Luiz Fux e outros.
Seu vice, Ricardo Nunes (MDB), assumiu a cadeira de prefeito em seu lugar.