O prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) em entrevista no Hospital Sírio Libanês
Reprodução / TV Globo
O prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) em entrevista no Hospital Sírio Libanês

Internado há dez dias, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), falou neste domingo, pela primeira vez, sobre a descoberta do câncer no aparelho digestivo com metástase no fígado. Ao “Fantástico”, da TV Globo, ele contou como recebeu a notícia sobre a doença, falou sobre a confiança na recuperação e garantiu que irá continuar trabalhando dentro de suas possibilidades.

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Com alta prevista para segunda-feira,  Bruno Covas continuará sendo submetido à  quimioterapia. O tratamento envolve uma sessão a cada duas semanas.

Covas foi internado no Hospital Sírio-Libanês em 23 de outubro para tratar um quadro de erisipela, chegou a ser diagnosticado com trombose em seguida e, por fim, foi informado da existência do tumor maligno. O momento em que ficou sabendo, classificou o prefeito, foi sentido como “um soco na cara”.

"Em três, quatro dias, que eu comecei a tratar de uma infecção e descobri que eu estava com câncer. É um soco na cara, um carro a duzentos por hora que bate na parede. Que que aconteceu, como assim?", relembrou.

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O primeiro pensamento de Covas, conforme ele contou na entrevista, foi o próprio filho. Ele quer voltar a levar o menino Tomás, de 14 anos de idade, para assistir às partidas de futebol do Santos.

"Não tem como não pensar na família nessa hora. Eu pensei que como a gente fica 24 horas trabalhando, fazendo política, que eu não podia deixar de vencer essa, porque eu ainda tenho muito tempo para passar ao lado dele", disse o tucano, que comanda a prefeitura desde abril de 2018.

Entre as preocupações de Covas em relação à doença também está a população. Na opinião dele, os paulistanos têm o direito de saber do estado de saúde do prefeito e de vê-lo afastado se não houver condições de seguir no comando: "eu escolho ficar porque eu tenho condição de ficar, se não tivesse eu teria obrigação de me licenciar".

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A postura do prefeito lembra a do avô, o ex-governador de São Paulo Mário Covas, que teve câncer na bexiga e também optou por seguir no cargo durante parte do tratamento. O cardiologista Roberto Kalil Filho, que acompanha o caso do prefeito, vê a disposição dele como um bom sinal.

"O estado geral está ótimo e o otimismo do prefeito é uma coisa que chama atenção", comentou.

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