A CPI da Covid aprovou a reconvocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Ele será ouvido pela terceira vez na comissão. A data ainda será marcada pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).
Integrantes da comissão estão insatisfeitos com a possível interferência política na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), órgão ligado à pasta, para que não aprove um documento contraindicando o uso da cloroquina para tratamento precoce da Covid-19.
A CPI também aprovou requerimento para que a Conitec repasse em 24 horas o documento. A previsão seria apresentar o relatório na reunião que o órgão realiza nesta quinta-feira.
"Se confirmou o que falávamos. Foi retirado da pauta", disse Randolfe sobre a reunião da Conitec.
Queiroga já foi ouvido duas vezes pela comissão do Senado. Nesta quinta-feira, seriam realizados os últimos depoimentos na comissão, antes da apresentação relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL), prevista para 19 de outubro. Mas alguns senadores, como o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), além de Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE), defenderam a reconvocação.
Mais cedo, o relator, Renan Calheiros, disse que Queiroga será indiciado pela CPI. E, embora não tivesse descartado a reconvocação do ministro da Saúde, havia indicado que isso não seria necessário.
"Eu acho que a própria convocação, se for preciso fazer, vamos fazer. Mas já tivemos acesso a tanta coisa do ministro da Saúde, a sua conversão ao negacionismo, as mentiras repetidas nas duas vezes que esteve aqui, a suspensão da vacina a adolescentes sem comorbidades, que foi revertida graças à CPI e à própria sociedade. Ele já produziu todos o motivos, provas e indícios para ser exemplarmente indiciado", disse Renan.
Sobre a reconvocação, o relator afirmou que ela, ocorrendo, deveria ocorrer numa data que não levasse ao adiamento da apresentação do relatório.