A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entregou, nesta quarta-feira (1), ao Supremo Tribunal Federal (STF) mensagens que demonstram proximidade entre o então Advogado-Geral da União e Ministro da Justiça, André Mendonça, e membros da Lava Jato. As conversas teriam ocorrido entre 14 e 16 de janeiro de 2019.
Na época das mensagens, Mendonça estava na Advocacia-Geral da União (AGU) e teria participado de uma reunião com outros membros do órgão, além de membros da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Lava Jato.
No fim do encontro, o coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, teria enviado para um texto para um grupo de mensagens: "O objetivo é desvincular de uma agenda nossa com o governo Bolsonaro nas entrelinhas".
Segundo a defesa de Lula, "o documento afirma categoricamente que após a reunião com os membros da 'força-tarefa da lava jato' a AGU iria mudar a sua posição anterior em relação à 'prisão após segunda instância' - o que efetivamente ocorreu, como se verifica em manifestação da AGU lançada em 19.03.2019 nos autos da ADI nº 5.9767".
A defesa também alega que "é possível verificar que eles realizaram encontros e reuniões com órgãos de Estado, como AGU e CGU, para tratar, dentre outras coisas, de 'Casos no exterior', inclusive o Caso Lula ONU".