A estátua de Pedro Álvares Cabral, que fica no Largo da Glória, na Zona Sul do Rio, foi incendiada e pichada na madrugada desta terça-feira. A ação seria em protesto contra a tese do ‘marco temporal’ que deve ser julgada no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira e definirá o futuro das demarcações de terras indígenas no Brasil.
Por causa das chamas, boa parte do monumento ficou manchado. Cartazes com a frase “Marco Temporal é genocídio. PL 490 não” também foram deixados no local. A Polícia Civil busca por imagens de câmeras de segurança e testemunhas para identificar os autores.
A sessão para análise da tese do marco temporal está marcada para iniciar às 14h. No processo, a Corte vai analisar a ação de reintegração de posse movida pelo governo de Santa Catarina contra o povo Xokleng, referente à Terra Indígena (TI) Ibirama-Laklanõ, onde também vivem indígenas Guarani e Kaingang.
Nesta terça-feira, uma carta assinada por mais de 160 mil pessoas entre artistas, juristas, acadêmicos e diversas personalidades brasileiras foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Corte garanta os direitos dos povos indígenas a suas terras.
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Entre as personalidades que assinam a carta estão os atores Antonio Pitanga e Marieta Severo, as apresentadoras Xuxa Meneghel e Giovanna Ewbank e os cantores Chico Buarque, Daniela Mercury, Marisa Monte e Fafá de Belém. O filósofo Leonardo Boff também faz parte da lista.