A comissão especial do voto impresso na Câmara dos Deputados confirmou o resultado de ontem e voltou a rejeitar a adoção desse sistema no país . Hoje, os parlamentares aprovaram o chamado voto do vencedor, pelo arquivamento dessa emenda constitucional por 22 a 11 . Ontem, essa mesma maioria derrotou o parecer do deputado Filipe Barros (PSL-PR), por 23 a 11.
O deputado Raul Henry (MDB-PE) foi o relator e afirmou que essa emenda constitucional é "obtusa, extemporânea e anacrônica". Durante a votação, induzido pelo presidente da comissão, Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), ele chegou a alterar seu voto, durante a sessão, de "arquivamento" para a "rejeição".
O presidente da comissão afirmou que foi comunicado pela Mesa da Câmara que, como o texto será levado ao plenário
, não poderia ser arquivado ali. Alertado pelo deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), de que o regimento não permite alteração de voto com sessão em andamento, Henry afirmou ter sido "induzido" por Martins. E voltou a incluir no relatório o arquivamento.
Após promulgar o resultado, Martins afirmou que "está aprovado o parecer (de Henry) e matéria irá ao plenário". Nos discursos, deputados da oposição criticaram a decisão de Arthur Lira (PP-AL) em levar a votação ao plenário.
"O presidente Arthur Lira, com essa decisão, deu sobrevida aos delírios bolsonaristas. Em vez de ir para cima e se contrapor a essa intenção golpista do presidente, Arthur Lira apequenou a Câmara dos Deputados", disse Fernanda Melchionna (PSOL-RS).
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Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que o governo será derrotado também no plenário e chamou de "delírio diversionista" a campanha de Bolsonaro pelo voto impresso.
Vitor Hugo (PSL-GO) defendeu o presidente e afirmou acreditar na vitória no plenário. Para ele, está demonstrado que a urna eletrônica é passível de fraude.
"O presidente está preocupado com a democracia. O que é mais importante que nossa democracia?", disse Hugo.