Dois irmãos foram assassinados na noite deste domingo (1º) na fronteira entre Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai. É a sexta execução na região fronteiriça em menos de uma semana. Como nas outras vezes, foi deixado um bilhete atribuindo o crime aos "Justiceiros da Fronteira".
No bilhete encontrado na cena do crime, consta a frase: "não serão aceitos roubos na região". Mais de 30 tiros foram disparados contra as vítimas.
Segundo informações do G1 , os criminosos estavam em uma caminhonete quando alvejaram as vítimas, que se locomoviam em uma motocicleta. A Polícia Nacional do Paraguai investiga o caso.
A região fronteiriça é considerada violenta por conta dos constantes assassinatos, além de ser um corredor para o tráfico de armas e drogas.
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Na semana passada, Matteo Martínez Armoa, 21, e Anabel Centurion Mancuello, 22, foram mortos próximos ao local com mais de 47 tiros. Elas haviam trocado declarações de amor nas redes sociais horas antes do crime.
Também foi encontrado o corpo de um adolescente sem as mãos, com um bilhete dizendo que "os justiceiros estão de volta".
Justiceiros da fronteira
Ao G1 , o delegado Clemir Vieira, responsável pela Polícia Civil em Ponta Porã, afirmou que a maioria dos assassinados têm antecedentes em crimes contra o patrimônio. Segundo ele, os Justiceiros da Fronteira devem ser uma "organização criminosa" que faz justiça com as próprias mãos". Ele não descarta, porém, a hipótese de atuação individual.
"Às vezes pode ser apenas um homem, ainda estamos em investigação e não temos nenhuma informação da polícia paraguaia."