Desaparecimento de Baixada Fluminense, no RJ, segue em investigação
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Desaparecimento de Baixada Fluminense, no RJ, segue em investigação

RIO- Os restos de uma ossada (pedaços de uma coluna e de uma costela, além fios semelhantes a cabelo) encontrados nesta sexta-feira , no Rio Botas, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, não são de origem humana e sim animal.

A informação consta em um laudo, que deverá ser divulgador, ainda nesta segunda-feira, pela Polícia Civil.

O material foi localizado durante buscas por três meninos desaparecidos, feitas por mergulhadores, bombeiros e policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense ( DHBF) em um trecho do rio, entre os bairros de São Bernardo e Recantus.

O local foi apontado em um depoimento prestado por uma testemunha, na última quarta-feira como tendo sido onde seu próprio irmão teria jogado sacos com os corpos das três crianças.

Segundo o depoimento do denunciante, os meninos teriam sido espancados e mortos a mando do traficante José Carlos dos Prazeres Silva, o Piranha, que tem a prisão decretada por tráfico e controla o comércio de drogas no Complexo do Castelar, em Belford Roxo.

O motivo do crime, segundo a testemunha, seria que uma das crianças estaria envolvida no furto de uma gaiola de passarinho.

O irmão do denunciante foi localizado pelos agentes da DHBF e também foi ouvido. Em suas declarações, ele negou o crime, mas admitiu ter jogado sacos no rio que haviam sido entregues por traficantes.

O suspeito também afirmou, na ocasião, desconhecer o conteúdo dos invólucros. A Polícia Civil chegou a pedir a prisão do homem, mas o pedido foi indeferido pelo Tribunal de Justiça do Rio.

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Lucas Matheus, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11 e Fernando Henrique, de 12, sumiram no dia 27 de dezembro. Eles foram vistos pela última vez em uma feira do Bairro Areia Branca, também em Belford Roxo. Moradores do Morro do Castelar, os meninos ainda foram flagrados por uma câmera de segurança quando estavam a caminho da feira.

Pelo menos duas testemunhas também afirmaram, ao prestar depoimento na DHBF, terem os visto os garotos no local. A polícia trabalha com a hipótese de que os meninos tenham desaparecido logo após deixarem à feira ou nas proximidades da comunidade em que moravam.

Segundo a defensora pública Gislaine Kepe, do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Publica, as famílias optaram por não acompanhar às buscas por corpos das crianças, nesta sexta-feira, por acreditar que elas ainda estejam vivas.

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