Condenado a 278 anos de prisão, o ex-médico Roger Abdelmassih vai voltar a cumprir pena em regime fechado . A decisão foi tomada nesta quinta-feira pela 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, ao analisar pedido apresentado pelo Ministério Público de São Paulo. Ele foi condenado por crimes de estupro e atentado ao pudor praticados contra mais de 70 pacientes.
O promotor Marcelo Negrini de Oliveira Mattos, da Promotoria de Justiça de Taubaté, argumentou que o estado de saúde de Abdelmassih não requer concessão do benefício de prisão domiciliar. Um atestado feito por perito do Centro de Apoio à Execução atestou que o médico possui condições físicas de continuar a cumprir pena em unidade prisional.
Ele cumpre pena no presídio de Tremembé, no Vale do Paraíba, em São Paulo.
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Abdelmassih está em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica, desde maio passado , quando a juíza Sueli Zeraik, da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Tremembé, considerou que o estado de saúde dele era delicado e exigia cuidados constantes, que não seriam possíveis na prisão.
“Está evidenciado nos autos que o sentenciado em questão conta com setenta e seis anos de idade, apresenta quadro clínico bastante debilitado, experimenta atualmente considerável piora em seu estado de saúde, necessita de cuidados ininterruptos, medicação constante e em horários diversificados, exames frequentes e específicos, assim como alimentação especial e vigilância contínua, tanto da área médica como de enfermagem”, escreveu a juíza na época.
Em março de 2020 o ex-médico chegou a receber o benefício da prisão domiciliar por ser considerado integrante do grupo de risco de contrair o coronavírus. A decisão foi revogada em agosto pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.