Ao final da sessão que cassou o mandato de Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), por unanimidade, o vereador Tarcísio Motta (PSOL) leu uma declaração escrita pelo pai de Henry, o engenheiro Leniel Borel. Ele agradeceu aos parlamentares e disse que "estamos vendo a justiça sendo feita".
Tarcísio disse que, por respeito, aguardou o fim da votação para que se manifestasse com o texto de Leniel. "Agradeço o carinho e orações de todos os vereadores. Estamos vendo a justiça sendo feita. A quebra do decoro parlamentar e a respectiva cassação deste monstro é uma resposta à sociedade devido ao covarde assassinato de meu filhinho e as demais acusações claras contra este assassino", escreveu o pai de Henry.
O agora ex-vereador é acusado de torturar e matar o enteado, Henry Borel , de apenas 4 anos, no apartamento onde vivia com a mãe da criança, Monique Medeiros — também presa pelo crime — na Barra da Tijuca.
Por 49 votos a zero — e uma ausência — a Câmara de Vereadores do Rio cassou o mandato de Jairinho (sem partido) por quebra de decoro parlamentar. Jarinho também perdeu os direitos políticos por oito anos.
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Nesta terça, O GLOBO mostrou que pesa contra ele ainda mais uma acusação: o Ministério Público apresentou nova denúncia contra o parlamentar, pedindo sua prisão pela tortura de um outro menino, de 2 anos, filho de uma ex-namorada.
Na última segunda-feira, os sete vereadores que compõem o Conselho de Ética da Câmara, o qual o vereador também fazia parte, votaram de forma unânime a favor do relatório que defendeu sua exclusão.