No Rio de Janeiro , através de uma carta escrita em seu isolamento no Complexo de Bangu, cumprindo sue tratamento contra o novo coronavírus, Monique Medeiros , mãe do menino Henry, assassinado no dia 8 de março , conta que quando filho ia passar uns dias na casa da avó, ela gostava de ter uma noite com seu marido, Dr. Jairinho , tomando uma taça de vinho. As informações foram apuradas pelo Metrópoles.
“Como Jairinho só dormia com uma carga de remédios muito forte, ele fazia questão que eu tomasse junto com ele, para que dormíssemos juntos e eu não ficasse acordada sozinha. Comecei a notar, então, que nas minhas taças de vinho sempre havia um ‘pozinho’ branco no fundo, mas eu achava que era do vinho, do fundo da garrafa. Até que um dia fui ao banheiro e, quando voltei, peguei ele mascerando um comprimido dentro da minha taça na cozinha escondido, nem tínhamos brigado ou nos desentendido”, disse.
Em sua carta, Monique conta que questionou Jairinho por estar agindo daquela maneira e ele teria respondido que a intenção era fazer com que ela dormisse melhor. Em seguida, de acordo com a mãe do menino, os dois começaram a brigar .
“E ele começou a me humilhar, dizendo que eu queria ficar acordada para falar com homem no Instagram, começou a me xingar. Eu fui para o quarto pegar minha bolsa para ir para a casa dos meus pais e, quando fui sair, ele tinha trancada as portas e escondido as chaves para eu não sair. Eu disse que ia ligar para o meu irmão. Ele tomou meu celular da minha mão, me segurou bem forte pelos braços e me jogou no sofá, dizendo que eu não iria a lugar nenhum”.
Ainda segundo as informações contadas na carta, Monique relatou ter saído correndo para o quarto do casal para que pudesse ficar longe do vereador.
“Ele veio correndo atrás, me pegou com mais força e me jogou na cama. Todas as vezes que eu tentava levantar, ele me empurrava com mais força, até conseguir deixar meus dois braços roxos. Comecei a chorar e implorar que me deixasse ir para os meus pais. Foi quando ele deu uma joelhada na parede e começou a gritar, dizendo que tinha sido eu. Fiquei apavorada com tamanho descontrole”, ressaltou Monique, na carta de 29 páginas.
Monique Medeiros se encontra apreendida desde 8 de abril, como uma das principais suspeitas da morte de seu filho, Henry Borel, de quatro anos
. A defesa da mãe do menino aguarda a Polícia Civil do Rio para que um novo depoimento seja marcado. Em seu primeiro esclarecimento, Monique disse que foi um acidente doméstico
.