No Rio de Janeiro, Leniel Borel, pai do menino Henry, morto no dia 8 de março , diz ver como estratégia de defesa, os últimos depoimentos de agressão feitos por Monique Medeiro s, mãe do menino, por meio de seus advogados. ”Ela poderia até estar sendo agredida, mas não protegeu o filho dela", disse o engenheiro em entrevista. As informações foram apuradas pelo Uol.
"Eu não acho que ela estava sendo agredida. Pode ter sido agredida no final, para não falar nada do que sabia. Agora antes? Isso daí é estratégia de advogado para tentar melhorar o caso dela", declarou Leniel a polícia.
Segundo o pai do menino, por Monique ter mentido para a polícia mostra que ela não quis defender deu filho. Leniel ainda compartilha que a Monique tentou fazer com que a família ficasse contra ele. Ele diz ter escutado de parentes de Monique falando que ela o teria acusado de “ alienação parental ” após a morte de Henry.
Após declarações de Leniel, suas declarações foram encaminhadas para a defesa de Monique que até o momento, não se manifestou. Monique contou aos seus advogados que sofreu agressões verbais e físicas de Jairinho . Ainda disse que após a morte do filho, ela foi manipulada para ajudá-lo, definindo seu relacionamento como abusivo.
De acordo com o pai de Henry, "o pai dela falava que, quando pequena, ela batia em outras crianças. Ela é forte, estrutura grande. Não tinha estrutura para apanhar sem revidar”, ressaltou o pai de Henry.
A defesa da mãe do menino tenta fazer com que ela preste um novo depoimento as autoridades . Eles alegam que em seu primeiro esclarecimento, ela mentiu por medo. A polícia descarta a possibilidade de ouvi-la novamente.
"Eu não acho que ela estava sendo agredida. Pode ter sido agredida no final, para não falar nada do que sabia. Agora antes? Isso daí é estratégia de advogado para tentar melhorar o caso dela. Ela poderia até estar sendo agredida, mas ela não protegeu o filho dela. Ela teve todos os momentos para falar. Por que não me falou? Tinha a mãe dela, a babá”.
Leniel conta que ao questionar Monique sobre os relatos do filho, de que o “o tio machuca”, ela disse: "'Eu mataria ele se fosse o caso, se estivesse acontecendo alguma coisa. O Henry é um menino muito inteligente. Eu botei uma câmera no quarto e a câmera não mostra nada'. Como eu vou achar que uma mulher dessa, olhando tudo, que ela estava sendo agredida?".
Ele também conta ter se encontra com Monique sem a presença de Jairinho e que, "em nenhum momento, [ela] falou" sobre a suposta violência doméstica sofrida por ela.
Leniel declara ter notado certas ações de Monique para alterar o rumo das investigações. "Enquanto eu estava participando do processo das investigações, ouvindo as coisas, eu ouvi da família dela que eles criaram um grupo e que Monique estava manipulando todo mundo, tentando passar o problema pra mim. Falou em alienação parental, tentando falar que eu manipulava meu filho, falando pra família pra me investigar.”
Até o dia 8 de abril, dia em que Monique e Jairinho foram presos , o pai de Henry declarou acreditar que ela poderia estar sofrendo ameaças do vereador. "Eu, até a prisão, achava que ela estava sendo coagida, mas hoje eu vejo que, da maneira que Monique sempre foi, estava manipulando todo mundo”.
Leniel classificou a suposta participação de Monique na morte do filho como “nebulosa" e disse não conseguir entender o papel da mãe de Henry em toda essa situação.
Pai do menino Henry fala sobre a noite em que criança deu entrada em vida em um hospital na Zona Oeste do Rio. "Logo que recebi o laudo preliminar do IML [Instituto Médico Legal], mostrei para ela e falei: 'Monique isso aqui é uma agressão'. Ela não falou nada. Ela sabe desde o dia, essa dinâmica do que aconteceu é que está tenebrosa”.
"Lá no hospital, quando eu cheguei e falei com os dois [Monique e Jairinho], ele falou que ouviu um barulho no quarto e foi lá ver o Henry e ele estava revirando o olho e com dificuldade para respirar. Aí depois vi o depoimento dela, totalmente ao contrário, falando que ela foi lá primeiro. O que eles falaram não foi isso. E o que ele foi lá fazer, agora para mim está claro. O que ela sabe a mais, só ela pode dizer”.
O engenheiro desenvolveu um abaixo-assinado online para pedir a aprovação do projeto de lei 1386/2021, intitulada como Lei Henry Borel , que traz um adicional a pena de 1/3 até a metade por crimes que são cometidos por pais, madrastas e padrastos.
"Eu não consigo admitir que meu filho veio ao mundo para prender a mãe e o padrasto. É muito pouco. Hoje são 32 crianças assassinadas por dia no Brasil, segundo a Unicef. A gente vê um monte de caso. Não pode ser só o Caso Henry. Quanta gente não está sofrendo?”.