Bianca Lourenço, jovem desaparecida na Penha
Reprodução/TV Globo
Bianca Lourenço, jovem desaparecida na Penha

O Instituto Médico-Legal (IML) só conseguiu confirmar que o  corpo achado na noite de terça-feira na Ilha do Governador é de Bianca Lourenço da Silva após concluir um laudo de perícia das digitais da jovem. Moradora da favela Kelson’s, na Zona Norte do Rio, Bianca foi vista pela última vez no dia 3 de janeiro, enquanto era agredida e arrastada na comunidade por um ex-namorado , Dalton Vieira Santana, o DT, apontado como um dos chefes do tráfico do local. Ele é o principal suspeito da morte.

O corpo de Bianca estava esquartejado e foi encontrado por PMs dentro de um tonel à beira da Praia do Fundão, num ponto atrás do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, na Ilha, na noite de terça-feira (12). Segundo a polícia, as tatuagens nas pernas e no tronco levantaram a suspeita de que se tratava da jovem desaparecida. A confirmação, no entanto, só veio na quarta-feira (13).

Antes, porém, o secretário da Polícia Civil , Allan Turnowisk, já havia afirmado que o corpo era mesmo da jovem e garantiu que vai encontrar o suspeito de ter assassinado Bianca, o traficante conhecido como DT: "Como pai, eu lamento muito a morte e entendo a dor desse pai. Como profissional de polícia, eu vou buscar a prisão desse traficante homicida. É o que compete à Polícia Civil".

Bianca desapareceu no dia 3 de janeiro após ser retirada à força pelo ex de um churrasco em que estava com amigos. Desde então, parentes e outros conhecidos da jovem acusam DT de feminicídio.

"Acordei com uma dor no peito hoje (terça-feira) de manhã. Parecia um presságio. Senti que algo iria acontecer. Meu Deus, que dor! Muita dor!", desabafou na noite de terça ao Extra o pai da jovem , um professor de artes marciais de 49 anos, logo após de descobrir que o corpo encontrado na Praia do Fundão poderia ser de Bianca.

O Portal dos Procurados divulgou um cartaz pedindo ajuda para localizar DT, de 31 anos. Como recompensa por informações que contribuam para a investigação da Delegacia de Homicídios da Capital, são oferecidos R$ 2 mil.

DT foi preso em junho de 2010, após praticar dois roubos no mesmo dia, na Ilha do Governador. DT foi beneficiado com uma condicional em outubro de 2015, quando teve seu retorno marcado para abril de 2016, o que não aconteceu. Contra ele constam quatro mandados de prisão por tráfico de drogas e tentativa de roubo, sendo três preventivas e uma condenação.

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