
Após Marielle Franco ser eleita vereadora no Rio de Janeiro, dois milicianos se filiaram ao PSOL, em 2016. As informações são de uma reportagem publicada na última segunda-feira (7) pela revista Veja , que teve acesso a novos detalhes da investigação.
A principal suspeita é de que os dois milicianos teriam se filiado ao PSOL por vingança, sobretudo contra o deputado federal Marcelo Freixo, que, em 2016, disputava a prefeitura do Rio de Janeiro e foi derrotado por Marcelo Crivella (Republicanos).
Há também a possibilidade dos milicianos terem ingressado no partido para avaliar e monitorar agendas e compromissos de Marielle. A vereadora e o motorista Anderson Gomes foram mortos a tiros em 14 de março de 2018.
A dupla de milicianos seria composta por Laerte Silva de Lima e a esposa Erileide Barbosa da Rocha.
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As filiações ocorreram em 19 de novembro de 2016, vinte dias após o segundo turno das eleições municipais e pouco mais de um mês depois da eleição de Marielle no primeiro turno, em 2 de outubro.
Laerte Silva de Lima é um homem de confiança de Adriano da Nóbrega , ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Especiais) apontado como chefe do Escritório do Crime. Lima é réu e foi preso na Operação Intocáveis 1.
Erileide Barbosa da Rocha é esposa de Lima e foi presa na Operação Intocáveis 2. Ela e o marido, de acordo com a Veja, comandavam o braço financeiro da milícia de Rio das Pedras, Muzema e região.
Erileide era responsável pela contabilidade informal do bando. Lima, por sua vez, é apontado como membro da cúpula do Escritório do Crime .