O microempresário José Maria da Costa Júnior, de 33 anos, principal suspeito de ter atropelado e matado a ciclista Marina Kohler Harkot, na madrugada de domingo (8), em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, prestou depoimento nesta terça-feira (10) à polícia, mas foi liberado após 3 horas de esclarecimentos.
A prisão preventiva havia sido pedida pela Polícia Civil, mas houve um entrave: como estamos em semana eleitoral, prisões só podem ser feitas em flagrante. Por isso, o suspeito não permaneceu na delegacia e foi embora.
O advogado de defesa da vítima falou à TV Globo sobre seu cliente e afirmou que ele estava em "pânico" após atingir a ciclista e que, por isso, não prestou socorro.
"Ele não parou para prestar socorro tendo em vista o pânico dele no momento. Ele perdeu ali, vamos dizer, a razão, ficou completamente num estado de tensão muito forte e decidiu sair do local", declarou José Miguel da Silva Júnior.
Sobre a possibilidade do empresário estar embriagado na hora do acidente, o advogado acrescentou ainda que seu cliente contou não ter ingerido bebidas alcoólicas no dia do atropelamento e que vai se apresentar caso a Justiça decrete sua prisão.
"Ele preenche os requisitos para responder esse processo em liberdade. Porém, se o juiz decretar a prisão preventiva dele após as eleições eu me comprometo a vir e apresentá-lo. Ele não vai fugir", disse.
Ontem, antes que ele se apresentasse para o depoimento, a Polícia Civil conseguiu localizar o carro e o endereço do dono do automóvel. O suspeito saiu às pressas de sua residência após o caso.