A perícia descartou, nesta terça-feira (4), que as marmitas que intoxicaram e mataram dois moradores de rua, há aproximadamente duas semanas, tenham sido envenenadas em uma igreja evangélica em Itapevi, na Grande São Paulo.
O Instituto Médico Legal já havia encontrado veneno de rato na comida na última semana e as investigações tentam achar os reponsáveis pelo crime. Segundo os investigadores, há a possibilidade que o alimento tenha sido envenenado por vingança, após um dos moradores de rua ter se envolvido com uma briga com um homem ainda desconhecido.
Ainda segundo a perícia, não foram encontrados vestígios de veneno na cozinha da igreja evangélica, ou qualquer outro indício de negligência que pudesse estar relacionado ao crime.
Entenda
O crime aconteceu no último dia 21 de julho. Após receberem marmitas doadas por voluntários de uma igreja evangélica, dois moradores de rua, identificados como José Luiz de Araújo Conceição, de 61 anos, e Vagner Aparecido Gouveia de Oliveira, de 37, morreram por envenenamento de 'chumbinho', subustância usada popularmente para matar ratos.
O cachorro das vítimas também morreu após ingerir a mistura com arroz, feijão, salada e salsicha. A pastora que preparou a comida procurou a polícia para dizer que não havia problemas nas marmitas e no preparo dos alimentos, como a perícia de fato comprovou nesta terça-feira.
A polícia ainda está investigando se a marmita foi envenenada no posto onde foi consumida, e que também servia de abrigo aos moradores, ou na hora do preparo e quem foi responsável pela contaminação. O caso está sendo investigado como homicídio doloso, quando há intenção de matar.