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Agência Brasil
Ministro Alexandre de Moraes, do STF


Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro foram suspensos do Twitter a nível internacional após uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes . Na semana passada,  Moraes já havia determinado a suspensão das contas de 16 aliados do presidente investigados por disseminação de fake news nas redes. Diante da decisão, os usuários modificaram a localização de suas contas para o exterior e continuaram publicando mensagens.


Na ocasião, o GLOBO apurou que essa brecha foi possível porque, no entendimento do Twitter e do Facebook , a decisão de Alexandre de Moraes só se aplicava ao Brasil. Na decisão desta quinta-feira, no entanto, o ministro determinou ao Twitter que bloqueasse integralmente o acesso dessas pessoas à rede, sob pena de multa diária de R$ 20 mil caso não cumpra a ordem. A medida também se estende ao Facebook.

A decisão atinge as contas do empresário Luciano Hang , da extremista Sara Giromini , do ex-deputado federal Roberto Jefferson , do blogueiro bolsonarista Alan dos Santos , entre outros.

"Assim, e considerando-se a necessidade do correto cumprimento daordem judicial de bloqueio de perfis utilizados pelos investigados nestesautos, evitando-se que continuem a ser utilizados como instrumento docometimento de possíveis condutas criminosas apuradas nestes autos", diz a decisão.

O ministro Alexandre de Moraes é o relator do chamado " inquérito das fake news " no STF, que foi instaurado no ano passado pelo presidente da Corte, Dias Toffoli para investigar a disseminação de notícias falsas nas redes.

A investigação vem centrando suas atenções em um grupo de blogueiros e empresários bolsonaristas que vêm divulgando ofensas, ameaças e críticas a autoridades e integrantes da Corte.

No sábado, o presidente Jair Bolsonaro pediu ao STF, a suspensão de decisões que tiraram do ar nas redes sociais perfis de apoiadores do governo que são investigados no inquérito das fake news. O pedido foi feito por meio de uma ação direta de inconstitucionalidade, assinada por Bolsonaro e pela Advocacia-Geral da União.

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