Geraldo Alckmin e Bruno Covas
Marcelo Pereira/Secom
Geraldo Alckmin e Bruno Covas

O prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB-SP) reiterou sua confiança no ex-governador paulista  Geraldo Alckmin (PSDB–SP), após ele ser  denunciado pelo Ministério Público na manhã desta quinta-feira (23). "Tenho certeza que ele vai comprovar a inocência dele", afirmou.

"Acredito na inocência do ex-governador Geraldo Alckmin . Depois de 42 anos de vida pública, sai com um patrimônio menor do que quando começou suas atividades", defendeu Covas.

Além do prefeito, o presidente estadual do PSDB-SP, Marco Vinholi também reiterou a confiança do diretório estadual no político e disse que "acreditamos na Justiça e temos convicção de que, ao final do processo, os fatos serão devidamente esclarecidos".

"Em seus mais de 40 anos de vida pública, Alckmin manteve uma postura de retidão e respeito à lei sem jamais abrir mão dos princípios éticos e de seu compromisso em servir ao setor público e ao cidadão", disse Vinholi.

Apesar do apoio, o ex-governador pediu para deixar a campanha de reeleição de Covas , segundo informou o prefeito nesta manhã, durante a visita a uma Unidade Básica de Saúde (UBS).

"Ele mesmo pediu para que possa focar em sua defesa e se afastar da campanha. Ele pediu o desligamento da coordenação de governo. A gente deseja todo o apoio a ele nesse momento", afirmou Covas sobre a saída de Alckmin.

No mesmo dia em que Alckmin foi indiciado, no último dia 16, ele foi oficializado coordenador do programa de governo na campanha de Covas pela reeleição.

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Contudo, a nomeação sofreu grande resistência dentro do partido , principalmente do grupo ligado ao governador de São Paulo, João Dória. A expectativa já era que Alckmin desistisse do cargo.

Entenda a denúncia

Alckmin foi denunciado pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O Ministério Público afirma que ele teria recebido mais de R$ 10 milhões em repasses da empresa Odebrecht.

O ex-governador nega as denúncias . Ele alega que as "apressadas conclusões do inquérito são infundadas e não encontram suporte nos fatos".

"Nunca recebeu valores a título de contribuição de campanha eleitoral que não tenham sido devidamente declarados. Nem, tampouco, praticou qualquer ato de corrupção durante mais de 40 anos de vida pública", afirma a nota de sua defesa.

A Odebrecht teria repassado o dinheiro para Alckmin por meio de doações de campanhas que não tinham sido declaradas à Justiça Eleitoral.

Dos mais de R$ 10 milhões, R$ 2 milhões teriam sido recebidos no ano de 2010 e R$ 9 milhões no ano de 2014, quando disputou a reeleição para o governo.

Mais nove pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público além do ex-governador. Seis delas são membros da Odebrecht, uma delas é o doleiro Alvaro José Gallies Novis e duas dela trabalharam na campanha de Alckmin : o tesoureiro Marcos Antônio Monteiro e o funcionário dele, Sebastião Eduardo Alves.


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