Os 26 pacientes que estavam internados no hospital de campanha do Maracanã, que está sendo desativado pelo Estado junto do de São Gonçalo, na Região Metropolitana , estão sendo transferidos, de forma gradual, para outras unidades de saúde da cidade ao longo desta sexta-feira. Os internados, sendo 16 de UTI e 10 de enfermagem, estão sendo levados para o Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel; Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari; e para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, em Manguinhos.
Até o fim da tarde, cinco ambulâncias de UPA deixaram a unidade. Em outro momento, um carro dos bombeiros civis foi registrado saindo com diversos hidrantes da instalação que, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, é apenas um fechamento "preventivo" e que a unidade continuaria em funcionamento mesm ocom desligaemnto dos funcionários.
Do lado, de fora, o protesto dos profissionais da saúde que atuam no hospital, que teve início na manhã desta sexta-feira, já estava com os ânimos mais contidos. Em um momento, dois enfermeiros, munidos de cartazes, chegaram a se debruçar em um dos carros da Secretaria Estadual de Saúde que tentava entrar no hospital.
Técnico de enfermagem, Leonardo Santos, que participou do ato, acusou o hospital de campanha de ser aberto sem ter a oferta de até 75% dos leitos disponíveis para uso. Além disso, o técnico acusa a direção de ser negligente com a vida das pessoas que estão internadas lá.
"O que me espanta é uma empresa assumir um contrato desse tamanho sem nenhuma política de risco para o Estado e cometer todas as atrocidades que cometeu. Hoje, se teve 80% de óbito lá, a culpa é da administração do hospital. Eu estive lá dentro e vi como se faltam insumos."