Bolsonaro voltou a criticar gestão de Mandetta, ex-ministro da Saúde
Reprodução/Facebook
Bolsonaro voltou a criticar gestão de Mandetta, ex-ministro da Saúde


Em live realizada em seu perfil no Facebook nesta quinta-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, “semeava pânico” em relação à sua postura diante da pandemia do novo coronavírus. Fala foi feita dois dias após Mandetta afirmar que Bolsonaro está em negação sobre Covid-19 .


Na mesma live, Bolsonaro fez propaganda da hidroxicloroquina e de outro vermífugo sem comprovação científica . Ele também afirmou que o desmatamento na Amazônia “não é esse trauma todo” .

Segundo Bolsonaro, a expressão “achatar a curva”, que foi muito usada por Mandetta, significava que o país deveria se preparar para que “os hospitais pudessem atender os contaminados”.

"Olha o problema que vamos ter pela frente. Vamos preservar vidas? Sim. Mas repito: quando resolveram lá atrás partir para o achatamento da curva... Lembra do Mandetta: vamos achatar curva, caminhão do Exército pegando corpos na rua, semeando pânico. O objetivo de achatar curva é que o Brasil se preparasse para que os hospitais pudessem atender os contaminados. Não temos vacina e remédio comprovado cientificamente ainda. Está sobrando leitos. Tem que começar a abrir", afirmou.

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O presidente falou ainda para empresários, afirmando que “pior que uma decisão mal tomada é uma indecisão”, reforçando a pressão para a retomada econômica.

"A crise, morte, suicídio, depressão está chegando. Qualquer chefe tem de decidir [sobre reabertura]. [...] Tomar cuidado, sim. Houve neurose. Ninguém disse que não ia morrer, está morrendo gente, infelizmente, alguns acham que dava para diminuir o número de óbitos. Diminuir como? Devemos tomar cuidado com os mais velhos, mas, mais cedo ou mais tarde, esse idoso não está livre de ser contaminado pelo vírus. É a realidade", disse.

Bolsonaro voltou ainda a defender a hidroxicloroquina.

"Não sou garoto-propaganda de nada, estou orientando procurar um médico e ver o que ele acha disso. E você decide, assina o termo e toma. Tem que tomar no início. Tinha o protocolo anterior do 'seu' Mandetta que só podia usar cloroquina em paciente grave. Em caso grave não funciona", explicou Bolsonaro.

Ele afirmou ainda que a droga não deveria ser proibida, apesar de não apresentar comprovação científica.

"Ainda tem estados que estão proibindo a cloroquina. Se não tem alternativa, por que proibir? Não tem comprovação científica de que não tem, e nem de que tem [eficácia]. Tem muita gente, como no meu caso, que toma e vão embora os sintomas. Por que negar? Não tem outra alternativa. Imagina daqui um tempo. Vai ter comprovação científica mais cedo ou mais tarde. Os que proibiram, quantas mortes poderiam ser evitadas?"

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