João Gabbardo dos Reis, coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 no estado de São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
João Gabbardo dos Reis, coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 no estado de São Paulo

O coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 no estado de São Paulo, João Gabbardo dos Reis, disse em entrevista nesta quarta-feira (15) à GloboNews que ele não acha "para ser ministro precisa ser médico". Gabbardo, que secretário-executivo do Ministério da Saúde durante a gestão de Luiz Henrique Mandetta , afirmou que já trabalhou com pessoas que não eram médicas e que fizeram um "trabalho excelente" à frente da pasta.

"O que me preocupa foram as funções técnicas do segundo e terceiro escalão terem sido substituídas por pessoas que não são da área, que não tenha vivência em saúde pública. Isso é muito preocupante", completou o ex-secretário.

Nos últimos dias, o comando da pasta tem gerado desconforto na relação entre o Executivo e o Judiciário depois que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), dizer que as Forças Armadas estariam compactuando com um "genocídio" . O motivo, segundo Gilmar, seria a grande quantidade de militares da ativa com cargos no ministério.

O atual chefe da pasta é o general Eduardo Pazuello, que foi nomeado interinamente pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) após a saída de Nelson Teich.

Questionado sobre o cenário nacional da proliferação do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no Brasil, Gabbardo disse que não há como tratar todo o Brasil da mesma forma que São Paulo está conduzindo a crise, sendo que dentro do próprio estado há diferença de quadros.

"São situações diferentes. Então, nós procuramos dar, também, tratamentos diferentes pra essa situação. Sempre analisando os dados, acompanhando, monitorando os dados que falam da transmistividade da doença, a capacidade de atendimento, As orientações têm que ser diferentes. Cada cenário biológico merece ter um tratamento específico", explicou.

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