Durante a assinatura do marco legal do saneamento, o presidente Jair Bolsonaro divulgou a caixa de um medicamento feito com hidroxicloroquina, remédio que não tem eficácia comprovada contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2).
O presidente, que testou positivo para a Covid-19 na última semana, afirma que está se tratando com o medicamento. Na tarde de ontem (14), o subprocurador do Ministério Público, Lucas Furtado, pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) que obrigue Bolsonaro a deixar de fazer propaganda da cloroquina e hidroxicloroquina.
Segundo o procurador, a massa de brasileiros, em suas palavras, ignorante e sem instrução, não tem meios nem condições de decidir pelos caminhos durante a pandemia.
Medicamento pode ser perigoso
Segundo o médico Dr. Felipe Bueno, a hidroxicloroquina pode causar arritmia. Nos casos mais severos, há risco de alterações na condução de estímulos no coração, causando piora de doenças cardíacas.
“Qualquer remédio tem riscos, efeitos adversos e colaterais. Nenhum paciente está isento de risco quando toma uma medicação. Quando a cloroquina é bem indicada por um médico que faz uma avaliação anterior, o risco de problemas é mais baixo, mas ele ainda existe”, explica o Dr. Bueno, que afirma que faltam evidências de que o remédio funcione contra a Covid-19.