Carlos Lula, secretário de Saúde do Maranhão
Divulgação/Governo do estado do Maranhão
Carlos Lula, secretário de Saúde do Maranhão

O presidente interino do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e secretário da Saúde do Maranhão, Carlos Lula, disse nesta quinta-feira (2) em entrevista à CNN Brasil que os chefes da pasta da Saúde nos estados enfrentaram "inação" do governo federal durante a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).

O secretário assumiu a presidência do conselho após a renúncia de Alberto Beltrame, que  anunciou sua saída em meio a investigações sobre supostas irregularidades na compra de respiradores pelo governo do Pará. Ele comandava a secretaria de Saúde do estado e foi um dos alvos da Polícia Federal (PF) nas residências dele em Belém e Porto Alegre.

Ao comentar as investigações contra Beltrame, Carlos Lula defendeu que "todos os fatos devem ser apurados". "Quem tiver cometido equívocos deve ser punido, mas nem todos podem ser colocados na mesma pecha, dizer que os 27 secretários de Estado desviaram recursos e paralisar a atividade do Brasil inteiro. Os secretários tiveram que agir para conter a pandemia diante da inação do governo federal", disse o novo líder do Conass.

O secretário maranhense ainda disse que o clima criado no Brasil pelas investigações é de instabilidade nas ações de combate à Covid-19. "Ninguém vai querer mais ser gestor de saúde no país porque sabe que depois vai ter que responder", afirmou.

"Os gestores que nada fizeram neste momento estão sendo premiados. Eles não vão ser acusados de nada. Eles simplesmente não compraram respiradores, não compraram testes, não criaram leitos", completou ao citar a falta de apoio do governo federal contra o novo coronavírus.

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