Uma pesquisa realizada em parceria entre universidades mostra que o SUS (Sistema Único de Saúde) sofre com a falta de termômetros e equipamentos básicos para atender os pacientes contaminados pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), além de itens de proteção para os profissionais que trabalham em UBSs (Unidades Básicas de Saúde) na linha de frente de combate à Covid-19 no Brasil.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo , o estudo foi realizado pela USP (Universidade de São Paulo), UFBA (Universidade Federal da Bahia) e UFPel (Universidade Federal de Pelotas), em iniciativa da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) e com apoio da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).
A pesquisa ouviu 2.200 pessoas espalhadas por 750 municípios em todos os estados do Brasil. O resultados mostram que 83% dos entrevistados relataram não ter ou ter em número insuficiente de itens como termômetros de infravermelho nas UBSs. O equipamento é essencial para aferir a temperatura de pacientes sem manter contato com a pele deles.
Os entrevistados também disseram haver falta de oxímetros, aparelho utilizado para verificar a oxigenação de doentes que indisponível ou disponível em volume insuficiente na avaliação de 65% dos profissionais. Também faltam medicamentos para síndrome gripal e cilindros de oxigênio, sendo que os dois estão em baixa ou em nenhuma quantidade para 60% e 67%, respectivamente.
Por fim, os trabalhadores reclamam ainda da escassez de EPIs (equipamentos de proteção individual), como aventais impermeáveis (43% não têm ou têm em número insuficiente), protetores faciais com visor (37%) e máscaras descartáveis de proteção respiratória (45%).