O Brasil tem 805.682 casos de Covid-19 (828.810, de acordo com o Ministério da Saúde) e 41.058 vidas perdidas pelo coronavírus Sars-CoV-2 (41.828, segundo Ministério da Saúde). Os números são do boletim de 8h desta sexta-feira (12) do consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S. Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, a partir das atualizações das secretarias estaduais de Saúde. Os dados do Ministério da Saúde foram divulgados às 18h30 desta sexta-feira.
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Ontem, o país passou da marca dos 800 mil casos no levantamento das 20h. Na ocasião, eram 805.649 contágios pelo coronavírus. Após revisões e novos balanços de estados, foram notificados 33 novos casos de Covid-19 desde a última atualização.
O Brasil registrou mais de 100 mil novos casos nesta semana. Os números oficiais da Covid-19 no país passaram da marca de 700 mil na última segunda-feira. O período, de três dias, é o menor desde o início da pandemia. O país vinha superando essa marca a cada quatro dias desde o dia 31 de maio. Neste ritmo, o número de contágios pode chegar a um milhão em seis a oito dias.
Em termos de óbitos, tudo indica que o país ultrapassará hoje o Reino Unido, que soma 41.364 mortes no levantamento da Universidade Johns Hopkins (EUA), na próxima sexta-feira. Assim, o Brasil, que já era o segundo país com mais casos, passará a ter o segundo maior volume de vítimas fatais da doença.
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A parceria entre os veículos de imprensa foi iniciada na última segunda-feira, diante da instabilidade do Ministério da Saúde na divulgação dos números sobre a Covid-19. Além da pasta ter atrasado por diferentes vezes a atualização de seus boletins, mudanças na metodologia fizeram especialistas levantarem suspeitas sobre a correção dos números. O boletim do consórcio é organizado com base nos números de cada estado.
No dia em que o país chegou a 800 mil infectados pelo coronavírus e ultrapassou a casa dos 40 mil mortos, o presidente Jair Bolsonaro pediu a apoiadores que "arranjem" um jeito de entrar em hospitais públicos ou de campanha que atendam pacientes com a Covid-19 para filmarem o interior das instalações. A ideia, segundo ele, seria mostrar a real dimensão da epidemia causada pelo novo coronavírus. Mais uma vez sem provas, Bolsonaro levantou suspeitas de que os dados referentes à doença no país estariam sendo manipulados para atingir o seu governo.
— Seria bom você fazer... na ponta da linha, se tem um hospital de campanha perto de você, se tem um hospital público… arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente tem feito isso, mas mais gente tem que fazer pra mostrar se os leitos estão ocupados ou não. Se os gastos são compatíveis ou não. Isso ajuda. Tudo o que chega para mim nas redes sociais a gente faz um filtro e eu encaminho para a Polícia Federal ou Abin (Agência Brasileira de Inteligência) — afirmou Bolsonaro.
A declaração de Bolsonaro vai na contramão das recomendações médicas durante a epidemia. Médicos recomendam que pacientes com Covid-19 e pessoas sem sintomas não compartilhem o mesmo espaço.
No início do mês, deputados bolsonaristas chegaram a entrar no hospital de campanha do Anhembi, em São Paulo, com gritos e celulares ao punho para, supostamente, fiscalizar o funcionamento da unidade. Posteriormente, a prefeitura classificou o episódio como uma "invasão". A administração municipal afirmou, ainda, que os deputados Coronel Telhada (PP), Leticia Aguiar (PSL) e Sargento Neri (Avante) agrediram pacientes e funcionários "verbal e moralmente".