A Polícia Civil investiga se os sete corpos deixados na porta do Corpo de Bombeiros de Angra dos Reis, no bairro do Frade, na tarde desse domingo (15), são de traficantes de uma facção rival que teriam tentado invadir a comunidade do Frade dias antes. Há meses, duas quadrilhas disputam o domínio da venda de drogas naquele bairro.
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Nas últimas semanas, as trocas de tiros na região tem sido intensas. Na manhã de domingo, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) fez uma operação na comunidade. Entretanto, em depoimento na 166ª DP ( Angra dos Reis ), os PMs não informaram sobre mortos na ação. Os sete corpos, todos de homens, estão no Instituto Médico Legal (IML) de Angra e ainda não foram identificados.
Os corpos passaram por uma perícia no local e todos estavam com marcas de tiros. O caminhão em que os homens estavam também passou por perícia.
Segundo a Polícia Civil, o motorista do veículo foi obrigado por traficantes a transportar os corpos. Muito abalado, ele foi levado para um dos hospitais da região e ainda não prestou depoimento.
"Nesse momento, tudo leva a crer que essas mortes ocorreram em razão de uma disputa. Não há nenhum dado oficial que aponte que foi em decorrência do confronto com a PM. Os policiais do Bope não apresentaram essa ocorrência na delegacia, então não há motivos para desconfiar da versão apresentada por eles. Há uma guerra constante entre criminosos rivais no Frade , inclusive com episódios bem recentes", afirma o delegado Celso Gustavo Castello Ribeiro, titular da 166ª DP.
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No sábado uma mulher ficou ferida depois que uma bala atingiu a janela de sua casa, no Frade, durante um tiroteio entre facções criminosas . De acordo com o Corpo de Bombeiros, a vítima — que não teve a identidade divulgada — estava dentro da residência quando a bala atingiu o vidro, que caiu na cabeça dela. Ela foi socorrida e levada para o Hospital de Praia Brava. A unidade médica informou que ela levou um ponto e foi liberada.