O ex-presidente do Incra general João Carlos de Jesus Corrêa
Elza Fiúza / Agência Brasil
O ex-presidente do Incra general João Carlos de Jesus Corrêa

A pressão de parlamentares da bancada ruralista foi a principal responsável pela queda do ex-presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o general
João Carlos Jesus Corrêa . Segundo publicou O Globo , Corrêa vinha sendo criticado por integrantes da bancada ruralista por conta da demora no processo de regularização fundiária
conduzido pelo órgão. A gota d´água teria ocorrido durante audiências públicas realizadas pela secretaria especial de assuntos fundiários nas quais o general foi alvo de críticas generalizadas.

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A queda de Corrêa foi confirmada na manhã desta terça-feira (1º) pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo . Corrêa havia sido nomeado para o cargo no Incra em fevereiro e era visto como um nome próximo ao então ministro-chefe da Secretaria de Governo, o também general Carlos Alberto dos Santos Cruz, que deixou o governo em junho.

Desde o início de sua gestão, Corrêa foi alvo de críticas da bancada ruralista . A principal reclamação é a de que o general não mantinha interlocução com os parlamentares que o
procuravam. Nos bastidores, o Incra era chamado pelos deputados de "quartel-general", em alusão ao número de militares nomeados para cargos no órgão. Outra queixa é em relação à
demora no processo de distribuição de títulos fundiários.

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A meta do governo, apresentada pela ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina, é de que sejam entregues pelo menos 600 mil títulos até o final do atual mandato do presidente Jair Bolsonaro (PSL), em 2022.

A meta é considerada ambiciosa por especialistas no assunto. Para os ruralistas, a concessão dos títulos é considerada fundamental na medida em que ela possibilita a aquisição de empréstimos e financiamentos.

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Apesar da meta, os ruralistas argumentam que a velocidade de concessão dos títulos estavam aquém do desejado.

A reunião que selou a demissão de Corrêa aconteceu na segunda-feira (30) entre o presidente Bolsonaro, Tereza Cristina e o secretário especial para Assuntos Fundiários, Nabhan Garcia. Coube a ele repassar ao presidente as críticas dos ruralistas sobre a atuação do general.

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Nos bastidores, um novo nome já está sendo analisado para substituir Corrêa no Incra . Uma fonte ligada à bancada ruralista ouvida pelo jornal O Globo disse que o governo tentará
buscar um perfil “técnico” para dar vazão às demandas do órgão.

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