Oficina de danças africanas no Acampamento da Resistência do MST no interior de Pernambuco, contra o despejo.
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Oficina de danças africanas no Acampamento da Resistência do MST no interior de Pernambuco, contra o despejo.

O maior centro de formação nordestino do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra ( MST ) está sendo alvo de despejo pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). 

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária ( Incra ) conseguiu uma decisão favorável na Justiça Federal que ordena a desocupação do centro de Caruaru , localizado no interior de Pernambuco. O Incra alega que as construções na área comum do assentamento foram feitas sem a liberação do órgão. 

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De acordo com a Folha de São Paulo, o governador de Pernambuco , Paulo Câmara (PSD), que integra o bloco nordestino de oposição à gestão de Bolsonaro , está tentando evitar a execução da sentença. 

A força policial de Pernambuco não será disponibilizada pelo governador para auxiliar na reintegração de posse. A orientação de Paulo Câmara, ainda de acordo com a Folha de São Paulo, é para que o processo não seja executado. 

Centro de formação

Batizado com o nome do educador pernambucano Paulo Freire, o centro de formação existe há 20 anos. O espaço agrega três agroindústrias, mais de 50 alojamentos e saldas de aula, além de quadra esportiva, academia pública para atividades físicas, creche e refeitório. 

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Um dos coordenadores nacionais do MST, em depoimento à Folha, informou que há duas semanas um acampamento foi instalado no local, com cerca de 1.500 pessoas. A ideia é resistir para evitar o despejo.

O prazo final para a desocupação da área em Caruaru é 10 de outubro. Caso a ordem não seja cumprida, a determinação ordena que força policial seja utilizada. 

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