A Polícia Federal acredita que cerca de mil pessoas, entre elas autoridades como o ministro da Economia Paulo Guedes, foram alvo do grupo de hackers preso nesta terça-feira (23), em Araraquara (SP), acusados de terem invadido o celular do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
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Em apresentação para mostrar como se deram as investigações que chegaram ao grupo de hackers
, nesta quarta-feira (24), o delegado federal da PF, João Vianey Xavier Filho, disse
que o número de vítimas alvo do ataque é alto.
"Identificamos que cerca de mil números diferentes foram alvos desse mesmo modus operandi dessa quadrilha. Há possibilidade de um número muito grande de possíveis vítimas desse ataque que está sendo investigado agora", afirmou o delegado.
Luiz Spricigo Jr., perito criminal federal que também participou da coletiva, revelou que há um "forte indicativo" que o ministro Paulo Guedes também foi hackeado , como informado na última segunda-feira (22).
"Com um dos investigados estava uma conta vinculada ao nome do ministro Paulo Guedes
. Ainda temos que confirmar, mas é um forte indicativo de que a conta seja realmente a do
ministro", ressaltou Spricigo Jr.
Xavier Filho reiterou ainda que o intuito do grupo é praticar o chamado estelionato eletrônico, com fraudes fiscais com internet banking e cartões de crédito com o intuito de
obter benefícios em dinheiro. "Foi localizada uma quantia razoável de dinheiro, quase R$ 100 mil em espécie, que já estão depositada em juízo", revelou.
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As autoridades também disseram que estão em contato com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para "isolar as fragilidades" e que "vão pedir reunião para compartilhar o que foi apurado" na tentativa de evitar que o golpe dos hackers seja replicado para outras vítimas.