O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Criminal do Distrito Federal, autorizou a prisão temporária de quatro suspeitos de integrarem uma quadrilha supostamente responsável pela invasão hacker ao celular do ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro e outros ministros. Além desses, outras sete pessoas receberam mandados de busca e apreensão, que acontece em São Paulo (capital), Ribeirão Preto (SP) e Araraquara (SP). As detenções já foram realizadas. A informação é que três dos quatro investigados são homens. Uma mulher também foi presa.
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Os nomes dos suspeitos aindam são mantidos em sigilo, mas a PF já atendeu à decisão judicial da operação batizada de Spoofing. Segundo o despacho de Vallisney de souza Oliveira, além de Sergio Moro , outros juízes de primeira e segunda instância também foram afetados pelos ataques hacker. Os suspeitos estão presos em suas respectivas cidades e devem ser encaminhados para Brasília, onde corre a investigação.
No dia 5 de junho, Sergio Moro informou que sofreu um ataque hacker através de um ligação identificada pelo seu próprio número. Imediatamente o ministro acionou o a Polícia Federal e denunciou o caso. Posteriormente, outros magistrados e procuradores informaram que também tiveram seus aparelhos invadidos.
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A Polícia Federal emitiu uma nota oficial confirmando a operação, mas afirmou que os casos correm em sigilo:
A Polícia Federal deflagrou, na manhã de hoje (23/07), a Operação spoofing com o objetivo de desarticular organização criminosa que praticava crimes cibernéticos.
Foram cumpridas onze ordens judiciais, sendo sete Mandados de Busca e Apreensão e quatro Mandados de Prisão Temporária, nas cidades de São Paulo/SP, Araraquara/SP e Ribeirão Preto/SP.
As investigações seguem para que sejam apuradas todas as circunstâncias dos crimes praticados.
Além das prisões, a Polícia Federal está autorizada a apreender materiais eletrônicos, como celulares e computadores. O ministro Sergio Moro ainda não se pronunciou sobre o caso. Além dele, o ministro da Economia Paulo Guedes e a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann, também denunciaram ataques hacker a seus celulares.