Ponce Dias foi inocentado de homicídio, mas é acusado de roubo
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Ponce Dias foi inocentado de homicídio, mas é acusado de roubo

O Tribunal de Justiça de Roraima soltou o pintor brasileiro Eriton Leitão Brandão, de 26 anos, acusado de matar a golpes de pá na cabeça o empresário Antônio Coelho de Brito, de 69 anos.  Enquanto isso, apesar de Brandão ter confessado o assassinato, o venezuelano Yorbi Moises Ponce Dias, de 31 anos, segue preso pelo mesmo crime. Dias, no entanto, já foi inocentado.

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O venezuelano  foi inicialmente considerado suspeito do crime que aconteceu no dia 16 de junho no bairro de Pricumã, em Boa Vista, mas foi inocentado após investigações da Polícia Civil. Ele segue detido na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.

Um adolescente também da Venezuela, de 17 anos, apontado como autor do homicídio juntamente com Ponce Dias, foi solto após a investigação da polícia. O menor foi filmado por câmeras de segurança junto com Ponce Dias, próximo ao local do homicídio. As filmagens, que viralizaram nas redes sociais, foram determinantes para a detenção dos migrantes pela Polícia Militar. Mas, após um dia de investigação, eles passaram de suspeitos para inocentes.

Imagens de câmeras de segurança que mostravam a cena por outro ângulo,  encontradas um dia depois do assassinato, foram essenciais para inocentar os migrantes do crime. Os venezuelanos já haviam sido autuados em flagrante por latrocínio, roubo seguido de morte, no mesmo dia do homicídio, e encaminhados para a detenção.

Segundo a polícia, o brasileiro que confessou o crime fugiu de uma briga com outros venezuelanos e se escondeu dentro do galpão que pertencia à vítima, e dormiu no local. O empresário chegou por volta das 6h e encontrou o pintor dormindo. Em depoimento, Brandão disse que foi acordado com pauladas e se armou com uma pá, atingindo diversas vezes a cabeça da vítima até matá-lo.

Ele ainda tentou fugir em um caminhão da vítima, mas como não conseguiu, se refugiou na casa de um amigo no mesmo bairro.

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Acusação de roubo sem provas

Policiais civis encontraram Brandão em seu local de trabalho, um dia depois do crime. Ele confessou, mas alegou que não teve intenção de matar o empresário. O pintor foi autuado em flagrante por homicídio .

Com base no depoimento de Brandão, a Polícia Civil solicitou a alteração da tipificação do crime de latrocínio, atribuída a Ponce Dias, para roubo. O pintor afirmou que havia sido assaltado pelos dois venezuelanos, suspeitos do assassinato, e, por esse motivo, correu para o galpão com o intuito de se esconder deles e não ser agredido.

Segundo Brandão, ele estava bebendo com os dois migrantes quando teve o celular roubado. Embora tenha ocorrido a confissão, Ponce Dias segue preso, agora por roubo, mesmo não havendo materialidade do crime.

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A Defensoria Pública no Estado pediu relaxamento da prisão do venezuelano . “Assim, inobstante a Decisão que decretou a prisão preventiva do Requerente na audiência de custódia, os fatos demonstram que não subsistem razões plausíveis para a manutenção do referido decreto, restando flagrante a sua ilegalidade”, argumentou o órgão.

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