O Exército publicou uma portaria que proíbe militares de informarem as suas patentes em redes sociais pessoais. O documento assinado no último dia 1º pelo chefe do Estado Maior do Exército, Sérgio Etchegoyen , tem como objetivo preservar a imagem da instituição.
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Além disso, a portaria do Exército orienta oficiais e soldados a não vinculares ações da instituição em suas contas pessoais. A patente só poderá ser associada em contas pessoais em "mídias destinadas à publicação de currículos".
Há uma excessão, no entato: a medida não atinge os generais , a mais alta patente da corporação e que compõem o Alto Comando do Exército. Em outro trecho da portaria, o texto estipula regras para cada unidade militar. Por exemplo: apenas o próprio Exército Brasileiro terá contas nas cinco principais redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e Linkedin).
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Organizações militares de médio ou pequeno porte, como Colégios Militares e Academias Militares, não estão mais autorizadas a possuir contas. "Os perfis institucionais das organizações militares somente são autorizados a realizarem compartilhamento de postagens de perfis institucionais de órgãos da administração pública e de órgãos de imprensa oficiais".
A ausência da patente no Exército em perfis pessoais pode atingir o interesse de militares que querem se lançar na política. Embora a portaria não trate do tema, o assunto já abriu espaço para um debate interno.
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O jornal O Globo questionou a instituição, por exemplo, quais as punições cabíveis para o militar que não atender as novas determinações. Em nota, o Centro de Comunicação do Exército reforçou trechos da portaria e que deve-se respeitar "o prescrito no Estatuto dos Militares e no Regulamento Disciplinar do Exército, além do ordenamento jurídico vigente".