![Por risco de rompimento em barragem da Vale em Barão de Cocais, 500 pessoas foram evacuadas da cidade Por risco de rompimento em barragem da Vale em Barão de Cocais, 500 pessoas foram evacuadas da cidade](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/an/0l/ey/an0ley8unprqeeblhninlvux6.jpg)
O prefeito de Barão de Cocais, em Minas Gerais, Décio Geraldo dos Santos (PV), afirmou nesta sexta-feira (17) que a “cidade morreu”. O município está em alerta 3 (nível máximo) por conta do risco de rompimento de um talude da mina de Gongo Soco, da mineradora Vale, o que pode ocorrer entre os dias 19 e 25 de maio .
De acordo com a Vale e o Ministério Público, foi verificada uma deformação no talude passível de provocar a sua ruptura, gerando vibração capaz de ocasionar a liquefação da Barragem Sul Superior, levando ao rompimento da estrutura.
Para o prefeito da cidade, é necessário que o Estado tenha uma ação mais efetiva de ajuda ao município e cobrou uma visita do governador Romeu Zema (Novo).
“O que estamos vivendo aqui é muito difícil. Temos 32 mil pessoas vivendo em situações de incerteza. A cidade morreu. A gente não consegue negociar um imóvel na cidade. A própria Vale, tem que dar uma ajuda. Porque, realmente, o que a gente está vivendo é muito pesado. As pessoas estão adoecendo no município, é estresse, tive pessoas que tentaram suicídio no município já”, afirmou Santos em entreviata ao jornal O Tempo .
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Neste sábado (18), a Vale vai realizar um simulado de emergência às 15h, com moradores da Zona de Segurança Secundária (ZSS). A distribuição de informativos impressos (panfletagem) foi realizada na tarde desta sexta-feira (17).
A mineradora informou ainda que vem monitorando a barragem 24 horas por dia de forma remota, com o uso de radar e estação robótica capazes de detectar movimentações milimétricas da estrutura, além de sobrevoos com drone. O vídeo-monitoramento é feito em tempo real pela sala de controle em Gongo Soco e no Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG) - quatro equipamentos estão localizados na sala de controle em Gongo Soco e outros dois no CMG.
A empresa também minimizou o risco de ruptura da barragem. “Não há elementos técnicos até o momento para se afirmar que o eventual escorregamento do talude Norte da Cava da Mina Gongo Soco, paralisada desde 2016, desencadeará gatilho para a ruptura da Barragem Sul Superior.”
Segunda a Vale, a Zona de Autossalvamento (ZAS) da barragem Sul Superior - comunidades de Piteiras, Socorro, Tabuleiro e Vila do Gongo - já havia sido evacuada preventivamente em 8 de fevereiro, totalizando 458 pessoas realocadas. Estas comunidades foram acolhidas em moradias provisórias alugadas pela Vale , hotéis, pousadas da região e casa de familiares, respeitando a vontade de cada um.