Por risco de rompimento em barragem da Vale em Barão de Cocais, MP pede ação imediata da Vale
Divulgação/Vale
Por risco de rompimento em barragem da Vale em Barão de Cocais, MP pede ação imediata da Vale

O Ministério Público de Minas Gerais informou nesta quinta-feira que doi notificado pela Vale sobre risco de ruptura nos próximos dias da cava da Barragem Sul Superior, da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG). O MP recomendou hoje à  mineradora para que a empresa adote imediatamente uma série de medidas para deixar claro à população local os riscos a que ela está sujeita. 

A barragem Sul Superior está em nível 3, o mais crítico para risco de rompimento, desde 22 de março, e a Zona de Autossalvamento já havia sido evacuada preventivamente em 8 de fevereiro. A estrutura tem volume de 6 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, segundo a reguladora ANM.

A estrutura em Cocais – do mesmo tipo da de Brumadinho que se rompeu em 25 de janeiro – está entre as dez que a Vale pretende eliminar. Ela foi construída pelo método de "alteamento a montante", considerado ultrapassado e menos seguro do que outras alternativas existente.

As ações da Vale passaram a cair nesta quinta-feira, com notícias sobre os riscos apontados pelo Ministério Público, e levaram à queda da Bolsa.

Nesta semana, a mineradora informara que foi identificada movimentação na estrutura da mina, paralisada desde 2016.

“A empresa Vale estima que, permanecendo a velocidade de aceleração de movimentação do talude norte da cava da mina de Gongo Soco, sua ruptura poderá ocorrer no período de 19 a 25 de maio de 2019, gerando vibração que poderá ocasionar a liquefação da barragem Sul Superior e sua consequente ruptura”, disse o documento do Ministério Público. 

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